sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Agradeço a interface, aos códigos binários , a microsoft, e à rede.

As palavras "namoro virtual" causam riso, um certo desprezo e descrédito, como se a denominação fosse uma dessas brincadeiras de chat, em que se tecla um espanhol desarranjado, para sorrir das pessoas que te acreditam estrangeira. Aí a gente diz que habla um pouquito de português, justificando assim as falhas no pseudo espanish. Isso aí é curtição na net, é a rima virtual daquelas noites em que foste para balada e enrolaste um garotinho que beijaste só pra não perder a noite.
nAMORo VIR(a)tual é uma coisa. coisa que se alimenta, que se dar, que se recebe. É reviver os romances proibidos do passado. Quem na contemporaneidade viveu uma história de amor de verdade? Romeu e Julieta não sofreram nas mãos de seus familiares o que os códigos binários fazem conosco. Tudo o que se pode codificar a interface amiga aproxima em um só pensamento, esse campo no universo virtual vai sendo preenchido de carinho, de verdade, de amor. paralelo ao espaço virtual encontram-se as extensões do corpo (ex. um celular na mão). E o romance vai sendo construído, projetado, programado. E quem sabe, assim como edifícios derivam da arquitetura programada na interface, os corpos se encontram e a boca suspenda a necessidade dos binários.
E o amor aconteceu, estou perdidamente apaixonada por uma janela do msn, por um telefone motorola, por um tim fixo, por um e-mail, pela existência de um corpo, de um pensamento residente as muitas léguas da cadeira do lado na sessão maldita do Líbero Luxardo.
Estou abundantemente feliz.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails