quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

País

Poesia

Martelo Bigorna
Lenine
Composição: Lenine

Muito do que eu faço
Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso
Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.
Você não sabe da missa um terço

Tanto choro e pranto
A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo
Dentro do meu peito uma vontade bigorna
Um desejo martelo

Tanto desencanto
A vida não te perdoa
Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo
Uma vontade bigorna

Vou certo
De estar no caminho
Desperto.

Estado Normal

Incrível como meus textos me ajudam a pensar, reli essa página e percebi que utilizo o blog, a própria escrita como forma de pensamento. sempre fiz as coisas simultaneamente, pensar e falar, pensar e escrever. há muito meus pais tentam me ensinar a importância de pensar primeiro e falar depois, consegui muitas vezes não fazer os dois simultaneamente e calar.
mas meu foco nunca foi controlar o que digo e sim controlar o que penso o que sinto, pois assim não externarei nada que eu não possa compreender depois.
Nos blogs vizinhos a conversa está como sempre, quente, o Duciomar é a pauta. Quando penso nele não sei nem o que dizer, mas acho que travo porque tudo nesta cidade, nesse Estado é normal.
Normalmente as leis são descumpridas
normalmente os trabalhadores são explorados
normalmente a população é alienada
Normalmnete essa alienação começa na sala de aula
Normalmente palavras são só palavras sem signo
Normalmente o património público é degradado
normalmente quem fala a verdade é retalhado
Normalmente os hipócritas são vitimas
normalmente os canais de comunicação estão nas bocas de profissionais despreocupados
Normalmente tudo é levado para o lado pessoal
normalmente usam o nome de deus em vão
Normalmente as leis trabalhista não servem de nada

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

democracia

Apesar de tudo que tem acontecido a paz se expande em mim. Meus conflitos internos são tão ínfimos, apenas a questão metafísica fala em mim: para onde vamos, o que viemos fazer aqui? Viemos? Simplesmente aparecemos.
Continuo com uma questão trabalhista complicada, é uma pena que não se cumpra na fundação as leis, é uma pena que em todo o Estado as leis sejam descumpridas a partir dos governantes, pior, talvez minha pena se estenda a um país inteiro ou até mesmo a um mundo inteiro e é diante das desigualdades e injustiças que temos a necessidade de acreditar em uma justiça superior.
Penso que já está em tempo de encontrar a justiça do mundo, talvez seja trabalhoso mas tenha resultado, ou talvez seja trabalhoso e não tenha resultados, ou pior, como todos dizem que é: perigoso e com resultados negativos.
Os grandes massacres paraenses afirmam essa ultima alternativa, todos que lutaram por seus direitos culminaram em um genocídio e até hoje os que abafaram as revoluções são condecorados.
Talvez por esses históricos sobre as revoluções seja comum que as pessoas optem por calar, por esperar, por digerir e acabar sempre por ajudar o sistema que apenas lhe prejudica.
A verdade é que a vida não é fácil para ninguém e que para a manutenção do pouco que se tem o cidadão submete-se sempre amedrontado por uma ameaça de que se os poderosos quiserem tudo piora para a periferia alheia ao funcionamentos da máquina pública que há muito deixou de ser um serviço para a garantia dos direitos do povo. Primeiro fizeram do imaginário popular uma relação de dependência do bom pai, o Estado, e isso tornou o brasileiro um ser que espera. E hoje? Esperamos a ajuda do governo? Não, hoje apenas nos fazemos invisíveis para que não nos seja tirado o que foi “dado”. Direitos. Onde estão os que conhecem as leis? Que pode o cidadão comum, o trabalhador comum?
Aquelas propagandas sobre o monstro da censura são excelentes apesar de muito discretas. É exatamente isso, se não abrirmos os olhos e sairmos do nosso mundinho alienado e passivo corremos o risco de deixar viver algo que já fez nossos pais sofrerem, algo que tolheu muitas de nossas atividades intelectuais.
As formas ditatoriais de governos já podem ser vistas e reconhecidas nas repartições, as estratégias de markenting político estão por todas as partes das cidades e nossa república publica exaltação de si. Nada contra a vida como ela é.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meu diário

não escrevo no blog diariamente, bem como não escrevo nos meus papéis diariamente, mas o faço desde que aprendi a escrever, o papel tem ouvidos, conversa conosco. Na verdade quem conversa é a linguagem. Adoro as letras, com elas formo expressões da realidade e impressões das intencionalidades. Com a palavra escrita eternizo momentos, com a palavra falada modifico situações. A comunicação é mesmo fantástica!! veja bem, a comunicação interpessoal é fantástica! esta não dispõe de manipulação, nela estão contidos apenas codificador e decodificador com seus repertórios e seus conhecimentos sobre si e sobre o mundo. Numa conversa as palavras geralmente são o que parecem ser. Quando entram os canais de comunicação as coisas já são tão diferentes! Meu namorado e eu, por exemplo, utilizamos telefone ou msn quando não estamos frente a frente. Cada meio é um inteiro, bem como são os meios de comunicação de massa, cada um um conto. Não há nada mais íntimo do que conhecer alguém através de seu diário.
Meu blog, teria em si a pessoalidade de um diário? Publico e mais interessante fico. Adoro me ler na internet e adoro escrever neste blog.

FM ócio, essa é a nossa cultura!

lembro-me das tardes que passei lendo, me embalando na rede e ouvindo a rádio cultura FM. Nessa época dizia para mim mesma que um dia trabalharia nesta rádio, tinha essa vontade porque a radio não era cheia de propagandas chatas, porque o informativo de hora em hora era de fato informativo, porque a rádio tinha um compromisso com a coscientização de pessoas e principalmente: tinha qualidade musical.
há três anos trabalho na rádio cultura, e infelismente sou tolida de trabalhar, a fundação tem novo regime jurídico e enfrenta muitos problemas em relação a irregularidades trabalhistas, parece que o ministério público pega no pé pelas irregularidades e parece que a empresa se preocupa muito em não poder contratar funcionários temporários. brincamos que nós, os concursados de 2006 somos tratados como uma herança maldita, não há ações que nos beneficiem, pelo contrário, é preferível contratar um funcionário temporário a acrescentar 40 por cento em nosssos salários ínfimos. é por isso, que depois da cultura ter me ensinamo muito de produção, de locução, não posso exercer nem uma nem outra função, devo resumir-me a assistencia de produção, cargo para o qual fui contratada. FM ócio, essa é a nossa cultura. Nada para fazer, nada querem de mim, querem sim alguns que eu trabalhe, mas ninguém quer falar por nossas questões trabalhistas. desculpem, cansei de trabalhar de graça. quero sim, fazer o que sei, locução, produção, mas quero também receber por isso. o justo. fala-se tanto no ministério público que está no pé. se estivesse as coisas deveriam ser regularizadas, não? ah que pena, talvez eu precise de um certificado de que muito produzi na rádio cultura, mas assim a funtelpa assinaria um erro, e não quer fazer isso.
não tenho certeza que haja justiça nesse Estado, não pelo que vejo nas ruas da cidade, pelas cidades do interior em que convivi.
Da Funtelpa, aguardo retalhações, mais uma vez. vamos ver qual vai ser a censura no que diz respeito a liberdade de expressão em reuniões com a presidenta...

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