quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

considerações finais

"eu vejo a vida melhor no futuro"


mesmo com a tv mostrando que o mundo não vai muito bem das pernas. que muitas pessoas começarão o ano desabrigadas, mesmo sabendo que há difilficuldade em todas as vidas, que há fome... putz, sabendo disso fico triste. tenho que lembrar daquele papo de literatura pós-moderna sobre pensamento positivo e física quantica. tá tudo tão legal, sou uma nova pessoa, me encontro mais do que me procuro, acho que porque já procurei bastante. vejo a paz sendo o ar que respiramos, mesmo que respiremos a poluição todos os dias, os pinguins sempre voltarão ao pólo sul para namorar. mas e o aquecimento global? será?? o homem é mesmo capaz de destruir um planeta como esse, que flutua no sistema solar, que está no mesmo universo onde uma estrela cincoenta vezes maior que o sol foi encontrada? acho que seria mais fácil se essa nação imperialista parasse de encher o saco com essa imposição cultural. quem disse que todos tem de ser como eles?
por que não me importo simplesmente com minha felicidade e com a das pessoas que estão em volta? talvez porque se fizesse isso em pouco tempo estaria impondo minha cultura, obrigando todo mundo a tomar tacacá em vez de comer big mac. o humano desconhce seus limites por isso nunca sabe ao certo. não sei ao certo por quais razões persistir, mas sinto indignação, sinto amor, sinto paz, sinto saudades. nunca sei como costurar tudo e planificar, parece esmo esférico e móvel. e sim há estrelas sonoras, gostos coloridos. açaí por exemplo, coloridos e pulsante. feliz ano novo. se estiveres feliz, mantenha, se triste, passe um reveillon melhor ano que vem. beijos.

fiquem com deus.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

bye bye 2009

despeço-me do blog no ano de 2009.
não fujo dos balanços do ano, porque esse ano particularmente, foi extraordinário. resultado: neste natal nada de diazepam na veia, nem enfermeiros, nem exames, nem solidão, nem saudades, nem dúvidas, algumas dívidas, mas só de pó compacto e roupas da moda. rsrsrs.
Este ano encontrei o Sam, morei com meus pais, fiz viagens, estudei para o vestibular, namorei pelo msn, produzi canta Pará, fonograma, pará paidégua.
este ano aprendi um pouco de geografia o que me deu uma visão política. frequentei igrejas envangélicas. esse ano só li um livro, a bíblia. interessante, muito interessante...

Queridos, feliz natal de cristo, feliz 2010. a felicidade é uma escolha!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

CARALHO!!!!!!!!!!!

Vou me atirar debaixo de um carro de pipoca mesmo, me jogar de um trampulim numa pscina cheia d'água, queimar meu colchão com palito de fósforos usado, me enforcar com um fio de cabelo, cortar os dois pulsos com uma colher de pau.
Mas que merda essa universidade estadual, mas que merda meu mal hábito de dormir demais e não ser determinada o bastante. Pedi T.O (terapia ocupacional) e tudo que ganhei foi O.T (rádio cultura onda tropical).
tenho que repensar tudo, tudo, tudo!!! Bela porcaria essa experiência com as ciências biológicas. só pode ser um sinal de que eu me estressaria!!

enfim, desabafei esse caralho de vestibular mal passado, ou melhor, crú.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprovações

Tenho pedido tanto a ajuda do Cristo, é que levo tempo para crer que mesmo depois do que posso chamar de reabilitação ainda a vida pode melhorar. É, melhorar! Martirizei tanto meus sentimentos nos anos passados que a simples ausência de sofrimento real configura-se em felicidade. Levou tempo para perceber que meus sonhos eram fantásticos e pautados em nada mais que o acaso, e eu nem para acreditar no acaso. Hoje consigo ver um futuro mais sólido, através dos óculos que a visão divina me empresta. Sou feita da luz que brilha e energiza esse lado do planeta todos os dias, converso com minha consciência onde sempre desejo com força ser habitada pelo maior que a minha compreensão, pelo mais do que posso ver, sentir, pensar ou querer.

Jesus: o caminho, a verdade e a vida. Por exemplo: quando você não suportar a si mesmo, peça ajuda ao humilde servo de si que há dentro de ti.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

HOJE

Eu quero a todos os livros de poesia, os versículos da bíblia explicados, a arte como fonte de fora daqui. A realidade embevecida por tudo que nela não há, mas age na arte. A fuga do cansaço diário que é viver e tentar entender os relacionamentos como fluem, o prazer do gozo de amor, alucinando em seu acúmulo de desejos passados e reservas bde3 desejos futuros. Todos precisam sair da realidade, essa necessidade tão sutil dos seres humanos deflagrada em tantos momentos...
Onde encontrar a resposta do óbvio, onde parar de tentar controlar as vidas que me fazem viva?

lembranças

No que tange as características de minha infância, boa parte bem vivida, boa parte bem pensada na solidão e no silêncio daqueles compartimentos longos onde minha voz grave calava. A TV, os brinquedos, a roupa de minha mãe e os seus saltos altos no meu pé pequenino. Os teatros que a infância nos permite compor diante do espelho em propagandas de xampu. Sentada na penteadeira com a toalha enrolada no cabelo, aplique da mulher careca, um conflito da TV representado em minha solidão. Meus pés descalços se fizeram rápidos nos fins de semana de quintal, o quintal das mangueiras, bananeiras, goiabeiras e das árvores de tinta vermelha, quintal do galinheiro do jabuti gigante que andava com os menores em seu casco e um dia me assustou a tartaruga assada no casco por tão imensa semelhança, no fim o jabuti também sumiu, assim como as galinhas mudavam de cor. Nesse tempo papai era o que é, homem trabalhador. Mamãe elegante e distante, a professora, representação da sabedoria, alta em seus saltos altos, blusas e blazer [nunca escrevi essa palavra]. A calça jeans na cintura a blusa em decote com botões abertos e sutiã sempre jogado para o lado quando se sentia em casa. Futebol com o neguinho, eu era geleira, meu irmão brigou com ele, disse pra mandar a mãe dele ficar no gol. Não mais futebol, de volta a xícara com vinagre e sal para as mangas verdes comidas no alto do pé. De volta a janela da casa vazia com a chuva caindo no muro da frente que não resistiria ao tempo. Nada para fazer, faço o amor em mim. Desenvolveria uma arte não fosse meu prazer de dormir as tardes. Não vi a hora em que cresci, não lembro de como passei da infância para a fase adulta. Uns dias ficam tudo cinza, mas minha primeira copa foi incrível, as pessoas se reuniam para torcer pela seleção e estavam sempre felizes, conquistas sobre conquistas até o ápice daquela emoção verde e amarela gritar nas vozes dos adultos um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos que a Itália vá para a puta que pariu!!! a contradição do proibido na boca dos adultos que comemoravam pelas ruas da cidade de carro em passeata, para todos nós ouvirmos. Hora de dormir, sempre quero conversar mais um pouco, minha irmã está sonolenta na sua cama rosa, do lado da minha cama rosa em nosso quarto branco de cortina vinho e armário em madeira clara, do lado da estante de brincados onde todos os bonecos se reuniam no condomínio, divididos pelos três andares. Devo a foto dos bonecos pra vocês, vou scanear. o presente me chama, moto lá fora, na infância andávamos de moto também, o gol branco ficava na garagem até pai voltar de seu trabalho que semana sim semana não. Quero ler isso.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que é o Pará?

http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/governo-do-para-promove-policiais-que-participaram-do-massacre-de-carajas

UE Belo Monte, putz grilla!!

Fui criada em Altamira- Pa, a cidade do meu coração, onde aprendi a andar de bicicleta em suas ruas pouco movimentadas, de onde me acostumei a tomar voadeiras no final de semana e descer o rio Xingu com suas águas escuras que espelhavam o céu, cansamos de acampar na praia por dez dias com nossas redes e mosqueteiros atados nas árvores, passar o dia inteiro comendo e tomando banho de rio, visitei a cachoeira do Bom jardim, fiquei hospedada na casa de uma índia que a havia casado com um homem branco e construído sua família ali nas proximidades da cachoeira, vi como eles faziam farinha de mandioca, e comi muita farinha com peixe pescado no córrego a não mais de três metros da casa... Aprendi a amar aquela força energética que o conjunto floresta, rio, areia, borboletas, piuns [pivários], transmitiam a nosso organismo, aprendi a juntar todo o lixo que encontrasse durante minhas expedições infantis pela praia, aprendi a pescar piaba, depois piau e parei por aí. Ouvi não as minhas investidas de ir caçar com os homens durante a noite, esperei até de manhazinha para ver os peixes ainda vivos que voltavam da pescaria, tratei os peixes pequenos nas pedras milenares do Xingu, tirei escamas, a parte vermelha que tem dentro da cabeça, cortei o rabo, as nadadeiras. Lavei roupa na mesa de madeira colocada na parte rasa da corredeira do rio... Altamira é uma cidade pequena, com uma grande população ribeirinha, são famílias que moram na beira do rio, longe das cidades, que vivem da natureza, do que ela dá, os ribeirinhos sabem bem que dela precisam e a conservam, tanto quanto ensinam aos visitantes da floresta a cuidar. A população da cidade anseia por desenvolvimento por crer que o "progresso" tem que chegar, por ter sido de certa forma abandonada às margens da rodovia transamazônica sem recursos básicos para uma civilização. Altamira não tem uma vida cultural vibrante, seu lazer é constituído do contato com a natureza local. Não sei como vai ser quando a hidrelétrica transformar esse ambiente natural em empresarial, nem como o pacu que um dia vi subindo a cachoeira contra a corrente vai se reproduzir. Não sei de que viverão os índios, que sabemos, ocupam a parte que vai alagar ou secar das barragens segmentadas, não sei como, ao final da construção, nossa cidade vai empregar e atender a saúde e a educação dos trabalhadores que construirão o projeto, mas que ao final de dez anos serão demitidos. Isso será um problema nosso, do Pará.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Realidades


23/10/2009 - 14:59
Enviado por: Evald

Lembram da música…
Zerovinteum
( Planet Hemp )

Rio, cidade-desespero
A vida é boa mas só vive quem não tem medo
Olho aberto malandragem não tem dó
Rio de Janeiro, cidade hardcore.
Arrastão na praia não tem problema algum
Chacina de menores é aqui 021
Polícia, cocaína, Comando Vermelho
Sarajevo é brincadeira, aqui é o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, demorô, é agora
Pra se virar tem que aprender na rua
O que não se aprende na escola
Segurança é subjetiva
Melhor ficar com um olho no padre e outro na missa
Situações acontecem sobre um calor inominável
Beleza convive lado a lado com um dia-dia miserável
Mesmo assim, não troco por lugar algum
Já disse: este é o meu lar. Aqui, 021 “Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão”
É…Rio de Janeiro
“Aqui fazem sua segurança assasinando menor”
É…Rio de Janeiro” A cidade é maravilhosa mas se liga, mermão”
É…Rio de Janeiro” Então fica de olho aberto malandragem não tem dó
“É…Rio de Janeiro É muito fácil falar de coisas tão belas
De frente pro mar mas de costas pra favela
De lá de cima o que se vê é um enorme mar de sangue
Chacinas brutais,uma porrada de gangue
O Pão de Açúcar de lá o diabo amassou
Esse é o Rio e se você não conhece, bacana, Tome cuidado, as aparências enganam
Aqui a lei do silêncio fala mais alto Te calam por bem ou vai pro mato
Mas de repente invadem a minha área, todos fardados
Eu tô ficando loco, ou tem alguma coisa errada?
Brincando com a vida do povo, então se liga na parada.
Porque hoje ninguém sabe, ninguém viu. Um dia alguns se cansam e “pow!”, guerra civil
Porque como diz o ditado, quando 1 não quer 2 não brigam.
Mas já que cê tá pedindo, segura a ira
Porque a cabeça é fria, mas o sangue não é de barata
Esse é o Rio, mermão, o veneno da lata. o veneno da lata…da lata…da lata…
How how how faz o Papai Noel…Pow pow pow e nego não vai pro céu
Digo V de veneta, lírica bereta Black Alien e família, soem as trombetas
Tomando de assalto a cidade que brilha.
Mãos ao alto, vamos dançar a quadrilha 288 é formação de quadrilha
Nome:Gustavo Ribeiro, a descrição do elemento
Primeiro é o olho vermelho, na mente, no momento.
Como diz o Bispo, eu sou artista, esse é meu lixo.
Acesso ao som restrito aos peritos.
O dialeto se dito é um perigo, amigo.
Para o consumo da alma sem abrigo.
O ritmo e a raiva, a raiva e o ritmo…
“Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão”
É…Rio de Janeiro ” Aqui fazem sua segurança assasinando menor”
É…Rio de Janeiro” A cidade é maravilhosa mas se liga, mermão”
É…Rio de Janeiro” Então fica de olho aberto malandragem não tem dó”
É…Rio de Janeiro

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Correção, esclarecimento

Respeitarei neste espaço a norma culta da língua portuguesa, com o simples objetivo de conquistar novos leitores. Iniciarei, portanto, frases e períodos com letra maiúscula, abandonando assim o ideário de igualdade e fraternidade entre as palavras. A margem permanecerá sendo desrespeitada, pois as fronteiras são suscetíveis.

Norma Culta!

Vou respeitar a norma culta nesse blog. para se caso alguém além da minha mãe ler, não pense que sou analfabeta
No que tange as características de minha infância, boa parte bem vivida, boa parte bem pensada na solidão e no silêncio daqueles compartimentos longos onde minha voz grave calava. A TV, os brinquedos, a roupa de minha mãe e os seus saltos altos no meu pé pequenino. Os teatros que a infância nos permite compor diante do espelho em propagandas de xampu. Sentada na penteadeira com a toalha enrolada no cabelo, aplique da mulher careca, um conflito da TV representado em minha solidão. Meus pés descalços se fizeram rápidos nos fins de semana de quintal, o quintal das mangueiras, bananeiras, goiabeiras e das árvores de tinta vermelha, quintal do galinheiro do jabuti gigante que andava com os menores em seu casco e um dia me assustou a tartaruga assada no casco por tão imensa semelhança, no fim o jabuti também sumiu, assim como as galinhas mudavam de cor. Nesse tempo papai era o que é, homem trabalhador. Mamãe elegante e distante, a professora, representação da sabedoria, alta em seus saltos altos, blusas e blazer [nunca escrevi essa palavra]. A calça jeans na cintura a blusa em decote com botões abertos e sutiã sempre jogado para o lado quando se sentia em casa. Futebol com o neguinho, eu era geleira, meu irmão brigou com ele, disse pra mandar a mãe dele ficar no gol. Não mais futebol, de volta a xícara com vinagre e sal para as mangas verdes comidas no alto do pé. De volta a janela da casa vazia com a chuva caindo no muro da frente que não resistiria ao tempo. Nada para fazer, faço o amor em mim. Desenvolveria uma arte não fosse meu prazer de dormir as tardes. Não vi a hora em que cresci, não lembro de como passei da infância para a fase adulta. Uns dias ficam tudo cinza, mas minha primeira copa foi incrível, as pessoas se reuniam para torcer pela seleção e estavam sempre felizes, conquistas sobre conquistas até o ápice daquela emoção verde e amarela gritar nas vozes dos adultos um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos que a Itália vá para a puta que pariu!!! a contradição do proibido na boca dos adultos que comemoravam pelas ruas da cidade de carro em passeata, para todos nós ouvirmos. Hora de dormir, sempre quero conversar mais um pouco, minha irmã está sonolenta na sua cama rosa, do lado da minha cama rosa em nosso quarto branco de cortina vinho e armário em madeira clara, do lado da estante de brincados onde todos os bonecos se reuniam no condomínio, divididos pelos três andares. Devo a foto dos bonecos pra vocês, vou scanear. o presente me chama, moto lá fora, na infância andávamos de moto também, o gol branco ficava na garagem até pai voltar de seu trabalho que semana sim semana não. Quero ler isso.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FM cigarro, essa é a nossa cultura!

A rádio oficial da feira do livro este ano é a 105,5 Unama FM. a rádio estatal não cobrirá o evento estatal...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um dia na terra

Percebo vozes um tanto caladas, o mercado sempre cheio de pessoas montadas, mosaicos humanos compostos de anseios modernistas. ouço músicas que me lembram do tempo em que a felicidade sintetizada se fazia intensa, folhas tão vivas, luzes tão brilhantes, aprendi a viver assim diariamente (dia+ri+mente). as árvores tão vivas no meio fio da cidade poluida de ouvir, de ver, de respirar. cidade da idade dos 'velhos de Brasília', dos bobos da província, dos soldados do narcotráfico nas ruas, da perversão generalizada na fofoca virtual dos vídeos de uma quase pedifilia de tão criminosa. Crescemos e, não sei se acontece com todos, não temos nem revemos amigos do passado, porque no passado não se sabia o que é a amizade. hoje sei o que é amizade, mas não sei o que é um amigo, e pior, não sofro.
estudo, leio, trabalho, converso, ouço, choro de medo, de saudades, de angústia, rio dos trocadilhos, do quanto as relações são cômicas...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

No trabalho


Passando o círio,
é só deitar na rede
digerir a maniçoba
e esperar o natal...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

terça-feira

As vezes fico tão avessa a realidade, cansada no dia em que se diz acordar a disposição para a maioria das pessoas, a solidão me deixa tão down.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma experiência com a telefonia

já ligaste para a central de atendimento da vivo? incrível!!... prepare o saco de pancadas para descontar seu ódio e sensação de impotência.

conflituando o presente

estou mais próxima das ciências sociais, especificamente a 4,80 pessoas chateadas por não atravessarem o vestíbulo da universidade federal. mas não é essa concorrência que me causa o frio na barriga pela responsabilidade de ser avaliada em prova e sim por desconhecer minha capacidade de adequação a este tipo de processo seletivo. e se minha inteligência for diferente da cobrada por eles? me sentirei incapaz de atravessar um obstáculo que usa um método arcaico de medição de inteligência? mas porque a preocupação se o sistema educacional muda, evolui? será que muda, será que evolui? e todas aquelas fórmulas impossíveis de serem decoradas e tão pouco teorizadas pelos professores, elas me serão mesmo cobradas?

Na verdade, tenho certezas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

política puta

A venezuela de Hugo fora. o mercosul concentrado no sul do sul. o protocolo de kioto nos dizendo para cobrar o carbono que a floresta absorve, frotas do caralho a 4 na porra do pacífico sul. pergunto sobre possíveis guerrilhas, a resposta é sempre não, mas percebo que apontar as armas pros inimigos são atitudes comuns durante as negociações econômicas entre as nações. a dependência e relevância das decisões de cada presidente, seja ele de instituição da espécie que for, para a situação em que o mundo se configurará de um lado do globo antes do sol se pôr é assustadora, principalmente pela contituição mental desses governantes. sugestão: em vez de reunir, porra de presidente de nação, de mineradora, de almirante, general, governador de estado, prefeito de município, presidente de câmera, primeiro ministro, puxa saco ou diplomata reúnam-se os psicanalistas deles em coletiva de imprensa, imprensa realmente livre, aliás, convidem os psicanalistas dos jornalistas também para os representar. o mundo parece uma casa verde onde uma minoria alienista pesquisa as reações dos seres humanos diante da fome, da miséria, das fraudes, da inutilidade de informações, de reuniões e almoços para decidir o que para eles parece influenciar só seus entes queridos. o planeta terra dessa gente é pequenino e sem problemas, porque eles não podem sair de suas cortes sabendo que o mundo lá fora é por eles sacrificado e pode cançar de tomar na cara.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

corrida atras do vento

Quero listar as coisas realmente importantes da época pessoal e confesso que é muito complicado, porque identificar o quê significa mais do que correr atras do vento pode me fazer descobrir o paradgma que me guia os pensamentos. quero pensar em todas as direções, tenho me sentido presa a sensibilidade dos pés na terra que me faz questionar o porquê de tantas colisões de interesses sempre em torno dela. um problema economico, de população, de trabalho, uma relação de meio ambiente (homem) e meio ambiente (terra) ou talvez de relações entre os homens, as nações, as caracteristicas naturais de cada solo, relações de poderes, de instituições [multinacionais, não-governamentais, privadas: médias, pequenas, micro, informal... e os joelhos porque se dobram? mobilidade, evolução, impotencia diante do desconhecido, e até quando se pode conhecer? em que momentoa especificidade de uma ciência nos cança e buscamos outras e outras? quem está acima do infinito? joelhos dobram-se diante do que se desconhece. a vida não acaba nos joelhos, sobe e conta-nos de prazer, de sexo e do futuro ato de geração da vida, o lindíssimo unir de genes de formação do ser vivo, ser que habitará o mesmo mundo e pisará no mesmo solo por onde meus pés sentem a terra e o asfalto. e se a terra configura-se numa disputa entre homens, bichos, nações, panelas de poderes e instituições e a pólvora já pode ser vistas nas ruas esperando indesejáveis disparos de dedos não oficiosos. mas a vida não acaba na bacia. a vida me subirá para os seios onde alimentará vida e aprenderá o amor incondicional. a vida me deu vez e voz por onde a vivência me faz perguntar alimentando o pensamento que sem caminhos científicos são prateleiras de informações com as quais pinto quadros para entender um pouco do movimento que me faz correr atras do vento junto com esse planeta que não para de girar em torno do sol.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

situação:

sexta feira passada, voltando do CCbeu as 22 horas mais ou menos. almirante barroso aparentemente calma, a colega mostra o soldado. uniforme: esteriótipo do malandro carioca. uma arma que se pode chamar de bem grande transpassada no peito e a posição é de alerta. eu disse: só se for um soldado do tráfico, porque soldados oficiais não trabalham com aquela postura e aparencia. agi como se fosse a coisa mais normal do mundo, acho que deixei para pensar depois. pensei só hoje quando a colega teorizava sobre o narcotráfico nos morros cariocas e sobre a organização e o esquema de segurança que eles possuem. conclusão, o crime organizado de belém já pode ser visto pelo cidadão comum. e é mais organizado do que os meros usuários recreativos supõem. belém é, no mundo, uma dos microcosmos complexos para os que pensam que a paz ignora somente o oriente médio

terça-feira, 6 de outubro de 2009

leio as contribuições agradecida

Percebo bem a importancia da vida em sociedade. somos um pouco formiguinhas, passando a folha verde das costas de um para o outro com um mesmo obejtivo. me preocupo em não derrubar a folha quando ela vem pra mim, não sugar sua seiva, para que no inverno a tenhamos.
gosto da biodiversidade, principalmente da humana.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

relatório do dia

aula falta. namorado de volta. por telefone, mas já é alguma coisa. disse estar sujo de graxa, limpando fuzil... humm, uma fantasia sexual. rsrsr.
vim pro trabalho, por aqui mais do mesmo. a rádio tá fazendo aniversário, algumas pessoas estão felizes com isso e todos estão trabalhando muito. hoje tem pré-estreia do filme da greenvision sobre o tecno-brega, no ccbeu. domingo passa na mtv. o brasil vai sediar o jogos olímpicos de 2016 e politicamente parece que vão ter que nos engolir, o presidente deve estar feliz. continuo com minha miaugia paracervical, mas dá de viver com ela, espero que eu possa voltar a me mover molemente um dia. o vestibular chega as vésperas e tenho muitas esperanças. não gosto mais de estar onde estou e quero trabalhar com o ser humano diretamente. tenho duas chances: uepa e federal. quero mais uepa, terapia ocupacional, reabilitação! ciencias sociais, que me dá opção de escolha depois... bora ver no que dá. "Cristo em mim e a esperança da glória". hoje fui encarnada por ser evangélica. acho engraçado esse negócio de ser e não ser, as pessoas precisam dessa determinação, e nós temos de escolher, ser ou não. eu sou, e não sei em que paradigma a posição me coloca. caminhos, caminhos. verdades, verdades. vidas, vidas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Enquanto lá em baixo conversa-se sobre a área vip da festa no Café com arte me pergunto em qual momento minha vida tomou esse rumo. quando deixei de pensar no próximo e pensei em estar aqui?
continuo vivendo e a cada dia um preconceito em mim dá espaço para uma experiência nova. é a dor muscular que me faz andar com a coluna reta, depois me acostumo. tenho vontade de ser mãe, treino nas filhas da vizinha. tenho prazer em conversar com meus pais, observar seus comportamentos. difícil ter amigos adolescentes, não me encaixo, mas nunca me encaixei. meu namorado mora muito longe e fico com mais saudades se passamos assim, cinco dias sem nos falar. sempre que acordo para determinado tema, me canso dele, pois vejo que a vida é feita de questões sem respostas.

questiONU.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

matemática aula de hoje, impactante!

o que falta para o Brasil entrar na disputa pela Amazônia? verba direcionada. o E.B enquanto instituição, o que é [mal falada, mas instituição como as de educação e saúde (que mataram ou "ignorantizaram" tantos: exaustas mas 'planejadas'] espera pela hora de proteger as fronteiras enquanto o imperialismo usa a colombia e o narcotráfico como desculpas: 1) para ter seus guerreiros guerrilhando na colómbia e sacando tudo de selva; 2) alienando o mundo inteiro com a columbina.
o pior de tudo é o que não consigo sistematizar, mas vale exemplificar, meu professor de geografia do cursinho ensina a geologia do pré-sal mas não faz nenhuma relação com a política internacional ou a compra de caças e a minha colega do lado me peeguntou se não sei algebra porque o os colégios do interior do pará não são tão bons quanto os de belém. pensei: "e se fossem, eu saberia algebra?" ou "você sabe o que é algebra?"

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

interminado

irrita-me a falta de informação sobre o pré-sal, canso de ler os jornais e ve a tv e até mesmo sites informativos e ter a notícia da nova descoberta abordada apenas de forma geológica. irrita-me saber que a geografia mundial se volta para nós enquanto o minigrupo dominante se farta em felicidade por suas certezas de lucro e consequente reeleição. o pt e sua alianças tomaram o poder em um golpe da forma mais demo'crática nessa bendita época de transformações mundiais. a censura permanente no governo do Estado Pará, refletindo na presidencia da fundação de telecomunicações, refletindo na diretoria da rádio cultura e repetidamente refletida no departamento de produção incomoda meu interesse pela situação política de nosso país a cada momento de trabalho (ou como eles gostam de chamar- rebeldia)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Oi

fiquei de escrever muitas coisas por aqui. as que ando sentindo e pensando principalmente já que meu dia a dia é muito mais feito dos meus pensamentos do que do mundo ao meu redor. fico em dúvida sobre o real e o imaginário, me policio sempre para viver maius acordada do que sonhando, mas essa foi a forma que aprendi a ser. desde criança ando olhando pra cima, com desinteresse pelo mundo, olhos que excluem, que afastam. sou uma altista por opção, encantada pela floresta do pensamento!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BLOG pretérito perfeito

Quinta-feira, Setembro 29, 2005
Individualista e apática, como todos devem ser.
Individualista e apática, como todos devem ser?
Individualista, e apática como todos. Devem ser...
Individualista e apática como? Todos devem ser.
Individualista e apática. Todos devem. Como ser?

posted by Karine Pedrosa at 2:00 AM

são cinco janelas, quatro abas na primeira, duas na segunda, uma lauda na terceira, a página em branco na quarta, e confusões de adolescente na quinta

escolher cinco artistas brasileiros, pode ser objetos de arte, como um quadro, um disco, uma música. pode ser ídolo, anônimo, bom com os pés, com as mãos, com a caneta, o pincel, o lápis, o pensamento. as vezes fico pensando se escritor é artista... deve ser, tenho vontade inclusive de falar do cidadão brasileiro, mágico do dia a dia, milagreiro do pouco para muitos.
ao olhar pelo vidro enxergo vistas cançadas pelo sol, sombras disputadas pelos corpos, gestos contidos, lágrimas mal derramadas, o imediatismo dos jovens, vejo os seres indo e vindo, o tempo correndo ao sabor da gente. Ouço somente as músicas que quero, me canço e descanço ocupando a cabeça com audio, visual, legível, tangível, móvel.
penso em estudar filosofia, já que não encontro ideologia para viver. eu mesma não vou ficar cansando minha paciência numa busca desenfreada pelo poder de consumo, nunca tive saco para isso e por mais que o meio externo a mim insista em fazer disso o fator mais importante da vida. vou continuar fazendo só o que quero, estando perto só de quem quero, sorrindo do que acho graça e contando piadas sem contexto. quero saber das cenas impróprias para menores, da intencionalidade das criaturas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

mormaço as 17h

Se o eduardo e a Luana não aparecem, ninguém mais vai aparecer. escrevo da casa da luana, onde vim dizer que sou de poucos amigos, minha família é para quem vivo. devo ter dito para umas sete pessoas que estaria lá, comemorando o por do sol, no dia de meu aniversário. a roberta apareceu e ficou lá. não pude esperar um pouco mais, afinal, eduardo e luana não puderam. a comemoração com amigos, vai ficar para quando me tiverem, não enquanto eu os tenho.

terça-feira, 28 de julho de 2009

23

Este ano vou comemorar o pôr do sol no dia dos meus 23. Nunca estive tão bem. Nunca a vida foi tão plena de amor. nunca enxerguei essa data com simplicidade que ela tem aos meus olhos sóbreos. ouvi há um dia atrás sobre os salmos e os aniversários. interessante, só acho uma pena não vivermos até o salmo 200. rsrsrs.
gostaria mais se o Samuel e minha mãe estivessem. mas comemorarei o sol mesmo assim. com água mineral e jazz.

domingo, 26 de julho de 2009

olfato

tenho um olfato discondicionado ao agradável ou desagradável proposto, penso que os cheiros são cheiros de alguma coisa, de alguém. Acho uma pena estarmos presos ao bom ou ao ruim, ao que fede e ao que cheira. não gosto de perfumes, e prefiro desodorante sem cheiro. gosto de sentir a natureza humana também pelo olfato, gosto do suor do meu namorado, cheirinho da minha mãe, da carne crua e fresca, do leite gelado, do café que me acorda com o seu ferver.
Os shampoos me lembram fases da vida, de quando estive com o cabelo loiro, preto azulado, ou de quando era criança e tive piolhos. rsrsrs.
a morte também tem um cheiro. quando eu tinha uns sete anos fui a um velório, e na esquina respirei um ar diferente, que se repetiu em todos os velórios que fui, e não é um cheiro desagradável, é reconfortante até.
Os sentimentos tem cheiro, os rios também o tem. só a água não tem. Andei experimentando todos os cheiros da pçrateleira do comércio de meu pai, comecei com os sabonetes, passei para os hidratantes, alguns perfumes, quando botei a mão no desinfetante papai me freou. disse que eu podia passar mal, e já tava mesmo ficando tonta. essas coisas são quimicas, também, tudo hoje em dia é quimica, já dizia meu professor. e onde estão nossos cheiros de bicho, de vivos, de quentes?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Quando o homem inventou a roda, logo Deus inventou o freio, um dia um feio inventou a moda e toda a roda amou o feio"

Fora os excessos da moda, da mídia espetacularizada, do sofrimento dos próximos, do amor ideal, da família normal, dos lances de humanidade nos cheiros da sensibilidade conceitual, fora os feitos e repetidos, fora a massa brasileira, o méritos e deméritos da música, fora os comprimidos que garantem a felicidade, os amigos de verdade, o sono do meio dia, a roupa não lavada, as sandálias havaianas com a marca do pé e a promessa de deus, sem tudo contudo somos um pequeno cosmos, frequentando cosmos, recriando cosmos, pensando, pensando em tudo e em nada.

"A paz invadiu o meu coração"
"quem foi que disse que o amor pode acabar?"
"Que cérebro, que máquina consegue fazer mais do que o amor dentro de você?"
"Eu conheço a flor do sonho do meu irmão"
"O que és não vem a flor das frases e dos dias"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

É por aí

Tenho lido blogs, e visto que a cabeça dos outros me interessa mais que fatos, gosto de comentários sobre fatos, mas não da repetitividade dos fatos. a violência que sempre existiu e veio ao longo das invenções selecionando outras e novas vitmas, tendo distintos e ocultos fatores. os campeonatos não param de acontecer, o esporte reverbera com seus campeonatos, a saúde não se comenta mais. o noticiário, putz, não me fala de arte e nem de biologia. as assessorias de imprensa só me enviam troca de diretores. que matéria seria essa? Fulano de tal assume a diretoria do órgão tal, que deveria exercer tal função em benefício da sociedade, mas se depender do históricos de diretores que passaram pelo tal cargo da tal instituição, tudo ficará no mesmo marasmo. Por que as benditas assessorias e agencias de notícias não nos madam mais as ações que estão sendo realizadas? toda iniciativa de trabalho sério é rapidamente submergida no mar dos egos emergentes. jornais jornais. porra! eu prefiro novela. jornalismo, jornalismo. porra eu prefiro publicidade! isso de fingir que é sem ser. eu sou o jornalista bonzinho, o colega publicitário é um manipulador barato. putz. melhor vender a alma de forma escrachada: "meu trabalho é manipular pessoas" do que "meu trabalho é enganar pessoas com informações desnecessárias". Não sou uma coisa nem outra, nem publicitária, nem jornalista. apenas não gosto de jornal, e quer saber, acho que não gosto de jornalistas. Eu, prefiro novela, pprefiro praia, prefiro mar, prefiro o serviço público, prefiro os amigos sinceros. Prfeiro os militares, que são organizados na hora de serem ditadores. A ditadura da esquerda é hipócrita, suja, confusa. Ao mesmo tempo que demosntra ter o poder em mãos, finge um respeito pelo subordinado. Não falo da intituição pública a qual estou vinculada, falo da sociedade como um todo, retrato da falta de humildade, pela falta da educação, da informação correta. os espetáculos da mídia confundem as pessoas, que se tornam menois humanas, menos boas, mais alheias e egoístas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Até o judiciário nessa palhaçada comercial do grupo 'ao contrário da palavra liberal!'

AO CARO LEITOR

Li com estupefação, perplexidade e indignação a sentença que ontem me impôs o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará. Ao fim da leitura da peça, perguntei-me se o magistrado tem realmente consciência do significado do poder que a sociedade lhe delegou para fazer justiça, arbitrando os conflitos, apurando a verdade e decidindo com base na lei, nas evidências e provas contidas nos autos judiciais, assim como no que é público e notório na vida social. Ou, abusando das prerrogativas que lhe foram conferidas para o exercício da tutela judicial, utiliza esse poder em benefício de uma das partes e em detrimento dos direitos da outra parte.
O juiz deliberou sobre uma ação cível de indenização por dano moral que contra mim foi proposta, em 2005, pelos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos da maior corporação de comunicação do norte do país, o Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão. O pretexto da ação foi um artigo que escrevi para um livro publicado na Itália e que reproduzi no meu Jornal Pessoal, em setembro daquele ano.
O magistrado acolheu integralmente a inicial dos autores. Disse que, no artigo, ofendi a memória do fundador do grupo de comunicação, Romulo Maiorana, já falecido, ao dizer que ele atuou como contrabandista em Belém na década de 50. Condenou-me a pagar aos dois irmãos indenização no valor de 30 mil reais, acrescida de juros e correção monetária, além de me impor o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, arbitrados pelo máximo permitido na lei, de 20% sobre o valor da causa.
O juiz também me proibiu de utilizar em meu jornal “qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes”. Também terei que publicar a carta que os irmãos Maiorana me enviarem, no exercício do direito de resposta. Se não cumprir a determinação, pagarei multa de R$ 30 mil e incorrerei em crime de desobediência.
As penas aplicadas e as considerações feitas pelo juiz para justificá-las me atribuem delitos que não têm qualquer correspondência com os fatos, como demonstrarei.
O juiz alega na sua sentença que escrevi o artigo movido por um “sentimento de revanche” contra os irmãos Maiorana. Isto porque, “meses antes de tamanha inspiração”, me envolvi “em grave desentendimento” com eles.
O “grave desentendimento” foi a agressão que sofri, praticada por um dos irmãos, Ronaldo Maiorana. A agressão foi cometida por trás, dentro de um restaurante, onde eu almoçava com amigos, sem a menor possibilidade de defesa da minha parte, atacado de surpresa que fui. Ronaldo Maiorana teve ainda a cobertura de dois policiais militares, atuando como seus seguranças particulares. Agrediu-me e saiu, impune, como planejara. Minha única reação foi comunicar o fato em uma delegacia de polícia, sem a possibilidade de flagrante, porque o agressor se evadiu. Mas a deliberada agressão foi documentada pelas imagens de um celular, exibidas por emissora de televisão de Belém.
O artigo que escrevi me foi encomendado pelo jornalista Maurizio Chierici, para um livro publicado na Itália. Quando o livro saiu, reproduzi o texto no Jornal Pessoal, oito meses depois da agressão.
Diz o juiz que o texto possui “afirmações agressivas sobre a honra” de Romulo Maiorana pai, tendo o “intuito malévolo de achincalhar a honra alheia”, sendo uma “notícia injuriosa, difamatória e mentirosa”.
A leitura isenta da matéria, que, obviamente, o magistrado não fez, revela que se trata de um pequeno trecho inserido em um texto mais amplo, sobre as origens do império de comunicação formado por Romulo Maiorana. Antes de comprar uma empresa jornalística, desenvolvendo-a a partir de 1966, ele estivera envolvido em contrabando, prática comum no Pará até 1964. Esse fato é de conhecimento público, porque o contrabando fazia parte dos hábitos e costumes de uma região isolada por terra do restante do país. O jornal A Província do Pará, um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1876, se referiu várias vezes a esse passado em meio a uma polêmica com o empresário, travada em 1976.
Três anos antes, quando se habilitou à concessão de um canal de televisão em Belém, que viria a ser a TV Liberal, integrada à Rede Globo, Romulo Maiorana teve que usar quatro funcionários, assinando com eles um “contrato de gaveta” para que aparecessem como sendo os donos da empresa habilitada e se comprometendo a repassar-lhe de volta as suas ações quando fosse possível. O estratagema foi montado porque os órgãos de segurança do governo federal mantinham em seus arquivos restrições ao empresário, por sua vinculação ao contrabando, não permitindo que a concessão do canal de televisão lhe fosse destinado. Quando as restrições foram abolidas, a empresa foi registrada em nome de Romulo.
Os documentos comprobatórios dessa afirmação já foram juntados em juízo, nos processos onde os fatos foram usados pelos irmãos Maiorana como pretexto para algumas das 14 ações que propuseram contra mim depois da agressão, na evidente tentativa de inverter os pólos da situação: eu, de vítima, transmutado à condição de réu.
Todos os fatos que citei no artigo são verdadeiros e foram provados, inclusive com a juntada da ficha do SNI (Serviço Nacional de Informações), que, na época do regime militar, orientava as ações do governo. Logo, não há calúnia alguma, delito que diz respeito a atribuir falsamente a prática de crime a alguém.
Quanto ao ânimo do texto, é evidente também que se trata de mero relato jornalístico, uma informação lateral numa reconstituição histórica mais ampla. Não fiz nenhuma denúncia, por não se tratar de fato novo, nem esse era o aspecto central do artigo. Dele fez parte apenas para explicar por que a TV Liberal não esteve desde o início no nome de Romulo Maiorana pai, um fato inusitado e importante, a merecer registro.
O juiz justificou os 30 mil reais de indenização, com acréscimos outros, que podem elevar o valor para próximo de R$ 40 mil, dizendo que a “capacidade de pagamento” do meu jornal “é notória, porquanto se trata de periódico de grande aceitação pelo público, principalmente pela classe estudantil, o que lhe garante um bom lucro”.
Não há nos autos do processo nada, absolutamente nada para fundamentar as considerações do juiz, nem da parte dos autores da ação. O magistrado não buscou informações sobre a capacidade econômica do Jornal Pessoal, através do meio que fosse: quebra do meu sigilo bancário, informações da Receita Federal ou outra forma de apuração.
O público e notório é exatamente o oposto. Meu jornal nunca aceitou publicidade, que constitui, em média, 80% da fonte de faturamento de uma empresa jornalística. Sua receita é oriunda exclusivamente da sua venda avulsa. A tiragem do jornal sempre foi de 2 mil exemplares e seu preço de capa, há mais de 12 anos, é de 3 reais. Descontando-se as comissões do distribuidor e do vendedor (sobretudo bancas de revista), mais as perdas, cortesias e encalhes, que absorvem 60% do preço de capa, o retorno líquido é de R$ 1,20 por exemplar, ou receita bruta de R$ 2,4 mil por quinzena (que é a periodicidade do jornal). É com essa fortuna que enfrento as despesas operacionais do jornal, como o pagamento da gráfica, do ilustrador/diagramador, expedição, etc. O que sobra para mim, quando sobra, é quantia mais do que modesta.
Assim, o valor da indenização imposta pelo juiz equivale a um ano e meio de receita bruta do jornal. Aplicá-la significaria acabar com a publicação, o principal objetivo por trás dessas demandas judiciais a que sou submetido desde 1992.
Além de conceder a indenização requerida pelos autores para os supostos danos morais que teriam sofrido por causa da matéria, o juiz me proibiu de voltar a me referir não só ao pai dos irmãos Maiorana, mas a eles próprios, extrapolando dessa forma os parâmetros da própria ação. Aqui, a violação é nada menos do que à constituição do Brasil e ao estado democrático de direito vigente no país, que vedam a censura prévia. A ofensa se torna ainda mais grave e passa a ter amplitude nacional e internacional.
Finalmente, o magistrado me impõe acatar o direito de resposta dos irmãos Maiorana, direito que eles jamais exerceram. É do conhecimento público que o Jornal Pessoal publica – todas e por todo – as cartas que lhe são enviadas, mesmo quando ofensivas. Em outras ações, ofereci aos irmãos a publicação de qualquer carta que decidissem escrever sobre as causas, na íntegra. Desde que outra irmã iniciou essa perseguição judicial, em 1992, jamais esse oferecimento foi aceito pelos Maiorana. Por um motivo simples: eles sabem que não têm razão no que dizem, que a verdade está do meu lado. Não querem o debate público. Seu método consiste em circunscrever-me a autos judiciais e aplicar-me punição em circuito fechado.
Ao contrário do que diz o juiz Raimundo das Chagas, contrariando algo que é de pleno domínio público, o Jornal Pessoal não tem “bom lucro”. Infelizmente, se mantém com grandes dificuldades, por seus princípios e pelo que é. Mas dispõe de um grande capital, que o mantém vivo e prestigiado há quase 22 anos: é a sua credibilidade. Mesmo os que discordam do jornal ou o antagonizam, reconhecem que o JP só diz o que pode provar. Por assim se comportar desde o início, incomoda os poderosos e os que gostariam de manipular a opinião pública, conforme seus interesses pessoais e comerciais, provocando sua ira e sua represália. A nova condenação é mais uma dessas vinganças. Mas com o apoio da sociedade, o Jornal Pessoal sobreviverá a mais esta provação.

Belém, 7 de julho de 2009

Lúcio Flávio Pinto

domingo, 28 de junho de 2009

Samuel Fassanaro

Não são só as lágrimas que derramo ao te olhar, nem apenas a censura de minhas invencionices, não somos dentro de mim a ditadura e a revolução apenas. Dentro de mim és um gigante que me transpassa os braços apertando-me contra o peito num gostoso abraço, dentro de mim és a espera que aquece a alegria, dentro de mim és o amor de cristo que nos uniu. em seus olhos meu corpo todo mergulha e sinto que o mundo é pequenino, a atmosfera é o nosso palco e as palavras nossos sustentáculos.
conversaremos pela eternidade, conversaremos no msn, no celular, no orkut, face a face, boca a boca, corpo a corpo, olho no olho. conversaremos sempre e sempre mais, por todas as coisas, todas as ideias, todas as belezas, todas as tristezas desse mundo e dos outros nos serão pautadas, temos a eternidade pra conversar . eu te amo civilizadamente*.

* termo que adquiriu significado particular para os amantes em questão.

Ka.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pão e Circo na Cultura paraense

Rir ou chorar?
lá vem o holocausto!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Bastidores da Cultura paraense

"Não deixe que o vírus da mediocridade que toma conta dessa instituição pegue em você"
(Autor, Me dá uma idéia?)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu exijo cartolina e giz de cera

talvez atraves de alguns rabiscos a [rádio] Cultura do povo paraense possa ser retransmitida, já que as ondas do nosso rádio repetem a mesma cena insana.
O sonho de atraves do trabalhob conscientizar pessoas, difundir nossa cultura, valorizar nossos artistas e o nosso povo difundiu-se no mar de tédio de uma repartição pública parcialmente terceirizada.
As músicas cantam os mesmos versos, as vozes repetem a deixa: deixa pra lá.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mundo Mesquinho

Mais da mesma ausência, ausência de realidade, de verdade, de sinceridade. Mais da sociedade que elege como grande a invisibilidade. Mais da consideração falsa por nossos atos. Mais de vocês tendo conseguido o descontrole de quem o tem. Mais de todos ignorando nossa presença magoada. Mais de seres calados e amedrontados. O que somos nós os humanos para o estômago com fome do que pensa na possibilidade de perder seu emprego?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

BBB

Não acho Big Brother Brasil cultura inútil. Acho que personalidades marcantes são exemplos de como se pode ser diferente do normal. Exemplos de como ser ou não ser. De como a opinião pública age com essas ou aquelas atitudes, afinal, não precisamos estar na televisão pra sermos julgados, o meio social faz isso conosco o tempo todo. Na edição nona do Big Brother, as personalidades nos deram um bonito exemplo auto-aceitação. Os finalistas, tem uma aceitação de si mesmos incrível.

Gostei da francine, que fala o que pensa sem se preocupar em parecer perfeita. Gosto da falta de falsa moralidade, e da verdade, que nunca é muito mais que cômica.

valeu engrossar a massa brasileira para esse produto da mídia tão cheio de personalidades.

terça-feira, 17 de março de 2009

ui

O mundo do trabalho é bem interessante, desde que ingressei através de concurso público na fundação de telecomunicações do pará, vários momentos emocionais e profissionais se colocaram no meu caminho.
Primeiro momento, televisão, Cem Censura, produzir pautas. simples para minha inteligência, entediante para meu transtorno de adaptação, que não quer dizer que não me adapto, só que me adapto e enjôo. Em meio a um turbilhão de emoções, aos 21 anos, cursando jornalismo de manhã, trabalhando a tarde e cursando teatro a noite, não me foi provável. a hipocrisia escrachada do mundo do trabalho, o fato de eu ser jovem, bonita e eloquente, deixararam não só a mim, como a todos que me cercavam loucos, e quando o diretor sai e a apresentadora dirige, é solicitada para a direção de televisão minha transferência.
Se dizem que sou louca, quem sou eu para discordar, licença médica para tratamento psiquiátrico.
oito meses depois estava a Karine que Altamira sempre conheceu, inteligente, antenada, de raciocínio rápido e de educação e doçura incontestáveis. Claro, com um jeito maluquinho de ser, por ser única, diferente e por pensar sem parar.
Fico na repartição pública que trabalho, muitas horas sem produzir, pois produzo, não fico enrolando como é de prache aos funcionários públicos. Eu não finjo que trabalho, eu faço meu trabalho e quando ele acaba não encontro, por mais que procure, possibilidades de contribuir, porque nesses dois anos, cada um tem um programa e ninguém quer que uma menina curiosa venha entender sobre o que é feito e como é feito.
Reformulação da programação da Rádio Cultura, antes de ser ameaçada pelo novo gerente de programação em relação ao estágio probatório, avaliação esta a ser realizada em única etapa, por motivos não esclarecidos aos funcionários concursados de 2006, sempre tidos e tratados como a herança maldita do governo passado, tenho trabalhado como produtora da rádio cultura, sempre dando o melhor de mim nas pesquisas, na elaboração do texto, na "direção" do fonograma, nas gravações do canta pará, na construção de quadros como música e letras, banda sonora, retoque, multicultura, dicionário da arte brasileira. tenho refeito pautas, construindo roteiros em cinco minutos para tapar os buracos que eventualmente a produção (uma estagiária, enquanto uma de nossas colegas estava de férias) deixa. Roteiros avaliados pela apresentadora como excelentes. Afora meus problemas de saúde, os quais nunca neguei que tenho, botando na balança para ver o quanto pesa, acredito que meu trabalho tem sido de grande validade para o propósito real de um rádio pública. Atenção ao artista paraense, valorizando-o e divulgando-o, compromisso com o cidadão oferecendo a ele informações culturais de qualidade. Para assistente de produção que é o cargo pelo qual recebo, sou uma excelente produtora.
Mas enquanto ouço ameassas em relação ao meu estágio, é questionada a minha inconstância, característica do meu CID, que para uma pessoa nas condições de trabalho e salário é completamente irrelevante.
pois é.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Maresia, sente a maresia.

Minha inconstância encontrou a terra, abandonei meus solos por uma estrela que brilha muito perto de minh'alma. convivo, porquanto vivo, as verdades deixadas escritas, sonho e acordo com uma perna noutro plano. As flores do meu caminho me enchem do doce aroma do amor, e a vida da sinceridade me enche de energia infantil, fazendo surgir em mim a responsabilidade de que precisava. não compreendo algumas situações, mas enchergo tudo bem do alto, é tanto que o mundo me atinge bem pouco.
É a paz que nos faz de verdade.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

meus sonhos II

lembra aquela lagartixa?

transformou-se numa bela borboleta.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Agradeço a interface, aos códigos binários , a microsoft, e à rede.

As palavras "namoro virtual" causam riso, um certo desprezo e descrédito, como se a denominação fosse uma dessas brincadeiras de chat, em que se tecla um espanhol desarranjado, para sorrir das pessoas que te acreditam estrangeira. Aí a gente diz que habla um pouquito de português, justificando assim as falhas no pseudo espanish. Isso aí é curtição na net, é a rima virtual daquelas noites em que foste para balada e enrolaste um garotinho que beijaste só pra não perder a noite.
nAMORo VIR(a)tual é uma coisa. coisa que se alimenta, que se dar, que se recebe. É reviver os romances proibidos do passado. Quem na contemporaneidade viveu uma história de amor de verdade? Romeu e Julieta não sofreram nas mãos de seus familiares o que os códigos binários fazem conosco. Tudo o que se pode codificar a interface amiga aproxima em um só pensamento, esse campo no universo virtual vai sendo preenchido de carinho, de verdade, de amor. paralelo ao espaço virtual encontram-se as extensões do corpo (ex. um celular na mão). E o romance vai sendo construído, projetado, programado. E quem sabe, assim como edifícios derivam da arquitetura programada na interface, os corpos se encontram e a boca suspenda a necessidade dos binários.
E o amor aconteceu, estou perdidamente apaixonada por uma janela do msn, por um telefone motorola, por um tim fixo, por um e-mail, pela existência de um corpo, de um pensamento residente as muitas léguas da cadeira do lado na sessão maldita do Líbero Luxardo.
Estou abundantemente feliz.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Excêntrica

Se não der para consertar a cabeça, pode deixar que eu conserto o meu mundo.

Eu não sou doida, sou diferente, e quando a gente é diferente o mundo que a gente vive também tem que ser diferente. Sim, eu sou doida, tanto que quero que o mundo seja diferente porque eu mesma não sou doida.

O que busco é o tal caminho, aquele que quando a gente encontra vive seus melhores dias, entende pra que veio. Eu vim, e estou aqui. Olho ao redor e sinto o amarelo caramelo não dizer nada a consciência, só aos olhos. Uma cor. Só uma cor. Minha obrigação é com o tempo, justamente o tempo de quem eu tanto reclamava quando tinha sede de conhecimento. Sim, minha loucura vem de meu olhar que não está, vem do sono todo sonhado, vem do não aprendi o não, nem ouvir, nem dizer. Minha frase sem nexo é aquela que o mundo esqueceu de completar, é a deixa pra mil piadas que poderiam ser, para 100 poemas escritos e para uma multidão aos gritos...

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