terça-feira, 26 de junho de 2007

A trama de um drama que se foi dramaticamente tramado por generalizações, liçoes... que não seriam nada se nada fossem. Risos e deboches.

Como se tivesse chegado ao fim da linha, dramatizou seus passos e esqueceu. Enquanto caminhava mascava aquele chiclete que quando queria tinha gosto de azeite, gostava mais se fosse de leite, preferia pensar no rastro, acreditava em astrologia e defendia teorias de sons que remexiam na memória, lhe juntavam a escória e quando a coisa começava a ficar aflita, desligava a bosta do rádio ou voltava a fita, contanto que não os deixasse neuróticos. Concluia a teoria do som, sentindo o estômago remexer no batuque do tambor vindo de fora, se fosse por si, só ouvia flauta doce e belas vozes femininas na música, mas tinha que estar atento a toda a construção, ao que lhe diziam, ao movimento contínuo do trânsito da cidade, à bola que era jogada de um canto a outro, de pé em pé, de coxa em coxa, e por aí vai... o corpo todo não diz nada, prefiriu elevador em vez de escada. Pouco ficavam a sós, de uns tempos para cá isso mudava, ficavam sós, não a sós, mas sós, ele só, ela só, os figurantes e os demais personagens, até o cenário sentia-se só.
Quando acabou a trama? Perdeu-se o fio da meada, desfez-se o silêncio refeito após os batuques e balances.
Por que meter a música nessa literatura furada, nessa conversa particular publicada e expôr minhas olheiras nesse vídeo é que não sei. Talvez eu seja cruel comigo. só espero que não se sinta assim como me sinto.

domingo, 24 de junho de 2007

Não, não me falta respeito pelo próximo, talvez falte respeito por mim mesma, quando jogo fora o que de belo há. Não sou o umbigo da vitma do mundo, nem me coloco nessa situação por bem querer atenção. Não quero atenção, quero força. Quero ver as idéias clareando, a consciência expandindo e sendo a toda dona da minha razão e de minhas atitudes. Quero amigos que pensem mais com a cabeça e menos com o pau. Amigas que gargalhem comigo, e não que tenham medo da minha risada de bruxa. Quero um discurso que me motive, não aquele que me remexa até lacrimejar, quero não sentir a culpa que não tenho e não chorar as dores do mundo, quero ver que as responsabilidades do dia-a-dia não pesam mais que a mão de uma criança e que de muitas cores são feitos os caminhos.
Resolvi começar a resolver novamente, não tem outra forma, excluir é a única opção. Gostaria de ter o recurso do meio termo, mas o muro não é um lugar seguro, um lado ou outro deve ser escolhido. Me envolvo, e em um segundo dissolvo as preocupações, esqueço logo de mim e ajo como se tudo fosse ter um fim próximo, não tem. Talvez nem queira que tenha. Não fui egoísta e pensei em meu bel prazer, pelo contrário, esqueci novamente de mim, e esquecia sempre que tudo que faço atinge primeiro a mim. Resignação e paciência, fé e coragem, humildade e responsabilidade, um dia quem sabe encontro a verdadeira paz. Começo de novo a construir por linhas retas o que de concreto é possível existir. Chega dessas confusões com o que vai além da nossa compreensão, deixo em paz os que precisam de paz e povoo meus campos de boa vontade para que as atitudes lúcidas que tive cheguem um dia a um lugar comum. Me sinto não falando nada com nada, mas sinto o peso do que é específico. Sinto o peso do que é desconhecido, e acho chato norte e sul, leste e oeste.
Algumas coisas andei precisando destruir, não sei se o fiz da melhor maneira, se pensei que era de brincadeira ou se o fiz por querer... Sei que posso deixar o que é belo permanecer, por isso preciso de tempo, tempo pra mim, tempo para ser só e para esquecer do que sinto quando me sinto sem. E tudo parece sempre tão sem, sentidos. Desejo noções para minhas ações e percepções. Noções de bem querer, de bem quebrar. Desejo a solidão que resulta, que faz um retrato da nossa própria companhia. Solidão que me faça bem querer bem para mim.

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