quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Trinta do doze de dois mil e dez

Escuto mantras tibetanos como Bg de Jorge Mautner e Chico Buarque; Penso em como as coisas acontecem, mudam e são variáveis; Tenho pouco de certezas, muito o que cumprir no mundo, muitos a quem amar. Sinto-me cada vez mais presente na vida, mais alerta ao mundo, de olhos e ouvidos mais abertos e humor mais constante. Já não tenho pretensões sobre o Outro, seus pensamentos íntimos, suas atitudes inexplicáveis, caminho em direção do futuro no presente de afetos que aprendo sempre a valorizar.

Penso nas alegrias intensas, nas felicidades sublimes e lembro da constância emocional que caracterizo como momentos de paz.

Daqui pra frente: Paz no caminhar, no acordar, no sorrir, no falar. Alegria no trabalhar, no estudar, no produzir. Verdade no amar, no sonhar. Força nos passos. Leveza nos movimentos. Astúcia nos negócios. Um banho de humildade na vaidade. Generosidade na vida material. genialidade na arte. Amor na dor. Resistência na carência. Sorte contra a morte. Vida, muita vida nesta ida.

Um dois mil e onze de Luz, paz e amor para todos nós.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Nascimento

'Sejamos assim, enormes assim, para que quem nos veja creia que o natal existe, que ninguém é triste e que no mundo ainda há muito AMOR'

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"comigo não é com.meu.ego" tentativa de soneto

verdade! nessa altura me parou
loucura que as vezes não me cabe
abstrações do ambiente no som ou
razão de caminhar sobre seus passes

daquela beleza confusa plácida
pesquiso o momento atual ultimo
tenho duas idéias do que é vivido
e muitas ideias da vida mutável

em espaços de ação não egoísta
me restam excessos de coração
sou drama de drama de nada triste

simples porque complexo é o mundo
caminho porque me sobram as chances
de saber quem sou, de seguir comigo

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

natureza no meio da cidade

existem coisas que só a Amazônia faz pra você

me senti mais que humana simplesmente, me senti um ser natural. é, me assustei com um espetáculo da natureza.
estou bem chegando na parada de ônibus da igrejinha de 'nossa senhora de "Naza do céu"!' quando os pássaros, muitos deles, que se alimentaram nas mangueiras, gritavam enquanto voavam para uma bela árvore com cara de outono. a arvore no seu outono autônomo parecia folhada de tantos passaros verdes que nela pousavam. fiquei pensando no perfil do tuíter que a colega da mesa ao lado segue, chamado periquito do kan. são periquitos mesmo? é assim o cantar dos periquitos, aos gritos? uma vez na infância tivemos lá em casa uma curica sem asas. ei, eu sou do interior, não estava cometendo crime de biodiversidade, tá? ah, vem dizer que o povo do interior comer tracajás de vez em quando como uma iguaria é crime ambiental? tá, tudo bem, se todo mundo quiser comer entra em extinção, eu sei. Mas no tempo em que se vivia da floresta a natureza se aguentava, agora com estrada, exportação de animais silvestres, biotrafico e tudo não dá mesmo...

espedaçadas as mangas na calçada enquanto revoadas se mudam da cozinha para o quarto de dormir, entre árvores verde-verão e cinza-outono desfolhadas. a cidade acontecendo, os ônibus bombando de lotados, o trânsito feroz de violência, as pessoas exaustas na sexta feira fim de tarde e eu assustada com a natureza na cidade.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PensadoTecladoAnotado



In segurança

Visto nos rastros
astros. cometa.
cometemos versões sob versões.
A cor damos na aquarela
querela?
quis ela. quero ela.
quero-o também, tão bem.
E-lá sou eu.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sobre o teste

estou na plataforma da superfície, não adianta escrever em códigos. putz!

testando

testando novos conteudos e formas de interações com a interface. será que rola? deixa aí mister google!

< embed src="08- Caia Na Estrada E Perigas Ver.mid.mid" >.

domingo, 28 de novembro de 2010

sonhei com você

inconsciente malvado esse que me sonha e me deixa lembrar de meus medos de amores que terminam. maldade sua, inconsciente, fazer sonhar assim tão preciso que tenho medo de trocas.
os dias que seguem são tão doces, completos de amizades, amores e conversas do pensamento que dentro de mim o inevitável medo de existir sozinha me esquece que compreendo o bem da solidão. constrói-se em mim o amor por ser ativa em vida e possuir as felicidades de bem amada em família e possuidora até de amigos. não gosto de amar a felicidade porque sei que ela vem só quando quer, e amando-a ou não a recebemos sempre como estrelas de iluminação interna. ocupei-me em amar o dia a dia duro e pacífico da existência, mas toda vez que a felicidade me visita sinto um profundo medo de desaprender a amar o cotidiano. sei que é só um medo, porque aprendi a viver vivendo também após a felicidade.

bem, deixemos isso pra lá, a felicidade está aqui, como pode estar também no cotidiano de paz interna. vamos todos viver a alegria de estar vivo e sentindo, pois através dela caminhamos emparelhados com esse universo fantástico de leis físicas e intuições abstrativas.

sábado, 20 de novembro de 2010

No Verso encontrei o Uno

Quando disse que sim não sabia, apenas estava perdida e cansada das fraquezas de viver. não sabia que o centro de minha sensibilidade seria tocado com tanta precisão, já não acreditava mais nas emoções dóceis, nas liberdades frias do caminhar, ao lado. escolha boa a que pude fazer. quem me permitiu isso? quem me dá essa liberdade que nem sei se mereço de escolher e viver assim tão boas surpresas? por Deus, pelos Deuses, sinto-me agradecida ao universo que abriga a realidade das ações no mundo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Paz da Passagem. Paisagem...

o que meu corpo quer dizer com essas articulações rígidas, essa caixa toráxica apertada para os pulmões e essa cabeça pesada?
por quais caminhos andei até me desenergizar ao ponto de o inconsciente me dormir por tanto tempo até minha musculatura ficar entravada?
minhas leituras, meu silêncio, minha solidão, nada tem recompensado a energia perdida em noites não dormidas, amores superficiais e danças sem nexo.
o continum de meu acordar me reforça a idéia de existir em mim, existir pra fora, existir o tempo todo, mas alguma coisa ficou nesse caminho, alguma coisa não está mais em seu devido lugar, e alguma coisa em mim me recria. recreio. avalio e busco na inteligência a explicação dos fatos, não é fatídico que renasci, que reestruturo-me de uma adolescência revivida ontem. também não dá pra explicar nas fases, só a intuição me permitirá encontrar a paz de existir viva. há muito ouço meu inconsciente como a um amigo experiente, há muito ele vem me indicando caminhos e me reconstruindo no sono, agora porém preciso me reconstruir nos fatos pelo único caminho da intuição. desejo mudanças plenas, plenitudes mutáveis e realidade intuitiva. desejo o universo na realidade através de mim e menos a realidade de mim no imenso universo. desejo o deus cristão não para construir mas pra obstruir em mim as barreiras que me trancam na realidade dos fatos ou no inconsciente universal. Mística, preciso de todos os sábios, todos avatares e deuses, todos os iluminados. a paz de dar passagem.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Motorista de ônibus, o que te acontece?

Procuro as justificativas para compreender os motoristas de ônibus que insistem em sempre sair atrasados, justificativa: o calor do meio dia. agora o fato de estarem com seus veículos parados ao lado de pessoas que precisam embarcar neles e arrancarem por puro preconceito com idosos e deficientes físicos é alarmante.
Porquê exatamente deixar a senhora idosa dois quarteirões depois de onde solicitou através do sinal sonoro? ou porquê ir embora com o ônibus quando o deficiente físico fez todo um esforço para chegar rápido a porta do ônibus que o senhor motorista fez questão de parar muito distante da parada? O que move o motorista do ônibus? que força é essa que faz ele arrancar o ônibus quando o justamente ainda a pessoa com necessidades especiais ainda não se acomodou em uma cadeira?
o que acontece? por quê? a pressa não justifica porque essas pessoas são experientes em seus serviços e sabem que alguns segundo as mais parados não fazem diferença e que o tempo só é ganhado em lugares com paradas distantes. Deus, o que acontece com esses caras? eles não são capazes de pensar um pouco além do momento? um pouco dentro das pessoas que estão alí paradas ao sol de meio dia precisando daquela condução para resolver outras questões de seu dia a dia. pessoas que bem como aqueles motoristas trabalham bem mais do produzem. Por que justo os deficientes físicos e os idosos são as vítimas do motorista de ônibus?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

memórias do futuro

das releções de trabalho

reconheci nela a postura que um dia tive, em escala menor. Reconheci aquela postura arrogante e repensei a trajetória, essa que diz que aprendemos sempre e que capa de jornal acaba enrolando peixe no ver-o-peso, o que fica é o que aprendemos que errado. o que é certo nunca sabemos, apenas aprendemos o que não se deve fazer. é importante sabermos quem somos, onde estamos, porque estamos e agir de acordo com filosofia das respostas.
è importante sabermos que as honrarias não ficam e, que, encobrindo a realidade sempre há sempre os desejos de quem faz as coisas pensando no que os outros vão pensar. O agir movido pelo desejo de encontrar nosso próprio caminho, alcançar nosso próprio obejetivo sem afogar pessoas nos leva ao caminho correto e nos põe próximas do que queremos.

Deus, eu tenho um caminho a trilhar e é mantendo os pés no chão que o que construir. esteja comigo e agregue a nós somente pessoas que não queiram destruir, desencaminhar. Nos permita viver com quem, em vez de separar, dividir, agrega.

domingo, 10 de outubro de 2010

Apenas mais uma de amor


Somos tão jovens, meu bem.
O mundo começa agora.

A razão de uma paixão

Viver é uma ordem, e viver é vir ver. No momento da apatia entre o
sofrimento emocional e a realidade racional, resta-me encontrar o
caminho de me levantar, o caminho que é o meu, este que trilhei até
aqui, onde as coisas vívidas valem muito mais na vida. Gosto de saber
o que sinto e de dizer o que sinto, mas principalmente de viver o que
sinto, e não há como negar que aspirar o cheiro do ser amado é uma das
sensações mais plenas da existência. Não sentir-se cheirada é outra
parte, a parte da vaidade que diz que queremos que o outro sinta a
mesma plenitude de viver aquele momento que é nosso. Não entrarei aqui
na sensação do outro, porque posso entristecer meu ego. Serei egoísta
e cuidarei de mim, de minhas sensações, de meu estado. Algo que ainda
não sei expressar, não sei o que é. Não há como determinar o que sinto
nesse momento. Não tenho como saber sobre força ou fraqueza. Eu ainda
gosto de ti, e ainda fico sem palavras em pensar em ti.
Se racionalmente já entendi que tu não me amas, que a atração que eu
sinto, o querer que eu sinto não é correspondido. Ponto final. Nem sei
o que fazer. Vou tentar dormir um pouco.
Não se culpe pelo que te digo, te escrevo e sinto. É que quando o
tempo passar e as coisas forem menos dolorosas em mim, saberei que fui
verdadeira com o mundo e que não deixei de dizer pra quem direciono
meus sentimentos que essa pessoa provocou em mim esses sentimentos que
representam o ato de estar viva.

--

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

neste momento

Preciso parar de me perguntar: "o que será?" "como será?" "será?"

pelo menos no que diz respeito a realidade relacional, tenho que aprender a questionar menos, antecipar menos, dramatizar menos. Tantas coisas aprendemos com o correr do tempo, desde a ordem ao volume da fala, da moral que é necessária e da falsa, das crenças éticas que contrastam o conhecimento que comprovamos ou da realidade diversa que os mundo pessoais geram.

Quero aprender a fantasiar menos sem precisar falar para me situar na realidade, quero entender o que o silêncio ensina.

domingo, 26 de setembro de 2010

plural da existência


Foi o colorido do som que te deixou tão preto e branco. Revistei minha história enquanto a corrente fluidica do transito me levava ao encontro do que interroga. tenho a resposta correta para questões de minha sensibilidade e não escuto o som da noite escura. verdades ditas em canções e meu corpo flutuando no vento e no som. meus pensamentos organizados pelo exercício físico mental de que me aproprio então. um ser livre e transparente transparecia seu olhar de imensidão enquanto pousava pra foto da vida onde as imagens definem o ir e vir. sonhei um sono dormido e acordei com um desfile político de carros antigos, dizendo pra mim que é passado é charmoso mas o discurso é uma farsa. entendi que simples assim o ambiente é amplo e não necessidade de zoom. fico com a visão panorâmica da vida que me cerca e com a vida que flui em mim de dentro pra fora. fico com o sentido plural da existência.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

maturidade que falta

na hora de equilibrar o bom senso e as próprias inquietações geralmente falta saber o que se quer, o que se sente. não é muito difícil envelhecer dentro de nossas possibilidades biológicas. Ah corpo físico que não cabe nossa própria imagem, sempre há a necessidade de viagem pra exceder os corpos. cultura que criamos que não nos é suficiente para suprir nossas possibilidades físicas. ah nossa imagem expande dentro de nós as sensações de existir.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Arnaldo Antunes - Na Massa

Resumão da aula de política





É lá do http://www.flickr.com/photos/olivreiro/5011938945/

existem coisas (tam tam tam) que só o twitter faz para você!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rabiscos antigos

Meu corpo, que diz não, se mistura com uma sensação indecisa de não compreender isso de novo que surgiu.
O novo velho desejo de sermos mais do que somos hoje,
o velho novo desejo de saber sobre o que não se explica.
A beleza triste da perfeição na vida.
Em jogo apenas o que passa em sua mente jovem.
Em jogo muito mais.
A clara necessidade do afastamento
[a mão de Deus aponta].
A menina, capaz de muito mais. Então por que chora?
por pouco,
por muito.
por ser no mundo a única como ela é.
Dorme menina!
quando a existência é só consciência, o corpo em repouso encontra o som dos sonhos, mas acordes!
combates o avesso pois és também sensível, humanaconsciente.

Charlotte for Ever. Dance.

paroxetinaquetiapinalitiumduplosemgeloporfavor!

Tento dormir, mas meu cérebro insiste no circuito de pensamentos que me faz existir. Sonho demais, durmo muito pouco.
Meu professor de antropologia não tem nada haver com um antropólogo, mesmo o sendo.
E não tenho nada haver com isso. Já fumei mil cigarros e ainda não consegui compreender se o que me falta são algumas miligramas de paroxetina, um lugar bonito ou crença no que é divino.
Ainda não descansei de mim mesma e também não deixei a adolescencia emocional para tras. me sinto velha e adolescente. me sinto desenquadrada e fico sempre sarcástica com a maioria.

Sempre fico em crise existencial em setembro, aprova são os posts de setembro nesse e no duvidaedescobertas

me falta talvez a inspiração de uma data comemorativa, algo que encha a cidade de luzes e de cores.


Meu mundo imaginário, tão real provocador de sofrimentos.

Fico assim quando não durmo, estou a 24 horas sem dormir, sem remédios não tenho sono.

Então, remedio? Menina, você tem que mudar seu jeito louco

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A água.

Sou adulta será? já? cheguei nesse lugar que se chama fase adulta? sou livre dos descontroles adolescentes e das limitações infantis?

Posso gostar tranquilo, trabalhar de monte, dormir tarde, acordar cedo, sentir os cheiros que tenho na lembrança e esperar com maturidade a chegada de quem prefiro que vá?

A água do rio leva. entendo pouco de vento, senti mais a correnteza. a água corrente. como pode ser água e ser corrente, como podemos chamar o as correntes de fluidicas?

o mergulho é o retorno ao lugar confortável, o vento é a aVentura, a pele, ainda não sei. a fronteira da carne.

o atrito é espírito.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Projetar


Projetar é realizar o futuro no tempo presente.

domingo, 12 de setembro de 2010

SunDay

Mais um dia de sol e computador até na alma.

No final do dia estou cansadinha, enjoadinha, preguiçosa e cheia de vontade de trocar carícias e beijinhos.

O dia pra mente, a noite pro corpo. acho que assim é legal.

Ouvi um dia desses: "só quem conflita corpo e mente pode se libertar de sansara". não conhecia o termo "sansara" e num surto de pós-modernidade o oriente me revisitou com seu misticismo e sabedoria, plantando sementinhas de espiritualidade.

eu sinto pouca fome e penso de dez em dez minutos o mesmo pensamento, que é um ponto de interrogação. O que faço?

(da série meu diário)

Já é.

Doce futuro
de como ele sorria das minhas bobagens e das minhas neuroses, de como ele cessava minhas chatisses e de como seu olhar me desmontava.
Confronto presente
talvez pensar o viver seja uma forma de complicar as coisas, mas só pra quem tem preguiça de pensar e medo de crescer.
Vivência Existente
o silêncio.
Modelo padrão
tenho preguiça de começar

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quem sou eu?



Alguma coisa nova
Mais vibrante e menos triste



Raul seixas, em a verdade sobre a nostalgia.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

a vida?

a gente não sabe como é a vida.
eu ligo a máquina, fujo das minhas expectativas, mas a máquina gera a ordem das coisas e hj, quando fujo das expectativas ela, a máquina, atende minhas expectativas.

na vida fecham-se ciclos e eu caminho de volta pra casa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

um brinde a liberdade

o barato de sermos nós mesmos é o prazer de entendermos nossas fronteiras. a fronteira do meu corpo é a pele, do meu pensamento a linha que divide o bem e o mal a anti e a ética.

Dar continuidade é permitir, interromper é se permitir. Viver é uma ordem. planejar é repetir.

o futuro é livre e perto.

sábado, 4 de setembro de 2010

Penedo




hoje conheci Penedo, sua cachoeira feita de igarapé, sua exuberância e elegância. me senti um pouco fora do brasil [até um pium maldito me morder e fazer minha perna inchar como nos nos tempos de rio xingu]. essa foto ai não tirei, achei na internet, estamos sem maquina pra registrar, melhor assim, nos redescobrimos aos poucos enquanto aparamos as arestas das nossas realidades distintas.

(da série diário da karine)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

quando o fim é só o começo


a verdade liberta, deixa o pensamento livre pro travesseiro e o coração quieto, coração quieto e aberto pra aproveitar o dia.

as fases da lua e a vida do sol



na noite as pessoas são mais livres, mais seguras, mais alegres.
sob a luz as coisas são mais claras, a vida mais real, os sonhos mais dormidos e a cosnciência mais liberta.

minha luz, meu caminho, minha trilha, minha estrada.
consciência- com ciência- ciente- cientista- noturna- no turnos- tur nós- nós pronome- nós atados.

a escrita que planta não implanta, a minha escrita compreende, apreende nunca repreende.

happy end.

me lembro das noites de lua, onde há a rua crua. a noite é barulho e, silêncio na esquina. os olhos à noite são de espelho sem luz, o som dessa noite arrasto de cruz. não lembro da felicidade da consciência na noite da lua.
lembro da lua da manhã que fica de cara pro sol com pupilas dilatadas e retinas queimando. lembro da lua branca que figura no céu seu poder sobre as águas.

resolvi falar do dia porque essa co-vivência me tira do tempo. meu pensamento procura o supremo, o além, o intenso. minha maturidade sabe que grandes emoções, a essa altura do campeonato, só em esportes radicais.

a musica clássica ainda me comove, o funk ainda me excita, o rock ainda me faz pular e bater os pés no chão, mas não encontro espaço e pessoas que caibam no meu mundo, só estrelas como a lua e satélites como o sol, pensando assim caibo sempre em poucos mundos.

daqui a um ano vou ler isso e saber do que estou falando.

escrever me conta. te conta? te conta em quantas calculadoras?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

o sol nasceu



e é sempre preciso se atirar fora da linha?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lunar


Ah, fale-me mais sobre seus olhos!


Conte-me as cores que ele enxerga e como se contraem expostos ao sol. Use-os para fixá-los num ponto por instantes para que eu possa observá-los. deixe que eu os veja expressar seus pensamentos, intenções, curiosidades.
permita que eu veja as mudanças de tonalidade, nuances de cor, riscos da íris, de que cor é o contorno.
deixe que eu perceba o ritmo em que as pálpebras caem e levantam sobre os olhos e o quanto o ambiente os inquieta. deixe que eu veja o raio de luz entrar e os astros refletirem

sábado, 21 de agosto de 2010

fixação científica

delírios linguistico-terapêuticos
Enquanto falo e não te ouço, caminho pra liberdade deste frio que é pensar:
“Miss Nips,
Sua profundidade de pensamentos te vale mais que teu corpo atrai, isso
talvez te faça senhorita. És tão acostumada aos apelos do corpo e as
irresistências da pele que dói dela não querer proveito.
Quando me dás as melhores cartas do jogo ou mesmo quando sou tua única
opção são tuas linhas e palavras que me prendem. Se tem curvas e
doçura, é só o brinde da boa sorte que tenho.
E, como se não a beleza provocasse o ladrão mais que o ouro, te guio
pelos caminhos em que te quero trilhando.”

Escrevo a quem nunca fui, para também a vida transformar em história
suja pelas palavras. Sentimento codificado em letras na interface,
também minhas sensações são binárias, como tua arte.


"se algum dia fiz algo de bom, me arrependo do fundo do meu coração"
(shakespeare).

terça-feira, 17 de agosto de 2010

publico alvo dos votos

ouvi um pedacinho do horário político obrigatório, tem um candidato que sua proposta é defender a fauna silvestre e os criadores de passarinho, outra que diz que fez muitos bingos e sorteios, uma pelos interesses dos militares... isso vai ficar a cada dia mais engraçado!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

e eu falo do que aprendi

Karine diz:
não funciona, o campo também é entediante
Karine diz:
mas não, nunca estamos fazendo a coisa errada
Karine diz:
estamos no lugar certo
Karine diz:
somos nós os errados
Karine diz:
precisamos de correção e adaptação, parar de complicar a vida
Karine diz:
ela não é lá uma aventura pra lá de emocionante
Karine diz:
mas é o que temos de melhor
Karine diz:
agir no mundo requer paciencia, requer o desejo de tempos bons
Karine diz:
os tempos bons existem
Karine diz:
é por eles que vivemos na maior parte de tempo mais ou menos e em outra parte do tempo mal
Karine diz:
agora não rola colaborar pro mal tempo persistir
Karine diz:
rola colaborar consigo, pra quando os bons tempo chegarem vc estar bem para aproveitá-los

sexta-feira, 23 de julho de 2010





primitivo futuro:

pessoa

Cabível, muito cabível

O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA
Por: Marcelo Albert de Souza

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de António Alexo, poeta português:

Há tantos burros mandando

Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: finge-te de idiota e terás o céu e a terra.

O problema é que os inteligentes gostam de brilhar. Que Deus os proteja.

Outro problema é que nem sempre o Poder é fruto da inteligência e o Mundo vai de Mal a Pior. Que Deus nos proteja.



por José Alberto Gueiros em 28 de setembro de 2005

Publicado pelo Jornal da Bahia em 23/09/1979


tirei de lá: http://www.capao.com.br/abre_artigo.asp?id_artigo=457

sexta-feira, 9 de julho de 2010

inédito


Achei-os inteligentes, talvez não interessantes, divertidos e muito apreciáveis, mas inteligentes. não sei se leves ou um pouco pesados, mas juízes. senti-me julgada, senti-me absolvida pelo crime de talvez não conhecer, não ter lido ou assistido. também não falamos sobre isso, apenas sobre a vida prática, os caminhos, as possibilidades. essas interações são meio feitas para isso mesmo...

um tanto quanto feita do choque entre pedra e água, assim fui moldada e minha forma de receber o novo é condicinada ao repertório, não tanto, graças a racionalização.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

escrever para ser lida

"vi a gente"


por onde andar? para onde ir? por que ficar?

tenho a síndrome das pernas inquietas, como na frente do computador e geralmente durmo cedo, é cedo agora. a televisão repete seus velhos dramas em seus novos fatos. só as pessoas não repetem, quando repetem são como sonhos, fáceis de serem esquecidas. será que quem me lê me entende?
as vezes temos o que dizer, as vezes ficamos sem palavras, as vezes nada, as vezes sempre, as vezes tudo. multiplicação é a operação da vida. da ida? não, da vida. ir é rir, ficar é ficar, namorar n-amor-a. ñ-amor-há. ñ-romA-a. o amor fixa nossos olhos na palavra, ave!
aff!
nooooooossa!

gloss e maquiagem em geral:

síndrome "sindRoma"
viagem "viagjante"

boa noite

domingo, 4 de julho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

unidade do tempo infinito que não existe



Incrível como existem pessoas parecidas espalhadas por aí. caraca, não é muito difícil fazer tranferências do afeto que já se sente por uma espiritualidade específica quando essa espiritualidade faz parte de uma tribo. um luxo o mundo ser lotado! e um luxo também a velocidade da evolução. tava entendendo o futuro que faz o passado, sem ser destino. unidade do tempo infinito que não existe. eu me esqueço que sou finita, acho que por não saber disso.

terça-feira, 22 de junho de 2010

conversando com a voice do Brasil


Não sou muito dada as notícias de jornais, acho tudo um tanto trágico demais, me entristeço, portanto evito.
Hoje quis minha casa mais cedo e fiz o trajeto diário ouvindo rádio, ou_vindo a voz e Brasil. gosto da voz do Brasil [mais do gingado que da voz], de imaginar a rádiobrás com um monte de gente preocupada se sentindo muito importante para a nação. não gosto de notícias, porque tenho medo da velocidade com que mais projetos absurdos tramitam, aprovam-se e expandem-se. o notíciário, para mim são estalinhos de informação que provocam um bombaredeio de conceitos. conceitos dos mais escabrosos, da teoria do caos a de murph.
Não sei como me mantenho longe das notícias e como consigo descobrir os projetos quando eles já são praticamente ações. na verdade acho que sou levada, com a turma brasil toda, na maré da jabulani, da crise, e claro, do meu umbigo.
u ó essa reforma universitária. mas eu vou me entender no mundo do jeito que ele for.
projeto ficha limpa, vocês são engraçados!
gostei do jingle junino Serra. repetição é tudo no rádio!
programador da rádio, amei ouvir lusco fusco de A Euterpia novamente na cultura!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Confuso é me permitir. Permissão para viver, para sofrer, para experimentar, inventar, descomprometer aqui para comprometer ali. Uma noite. nem gosto da noite, gosto do sono, dos trabalhos voluntários na agência do sol. gosto do conforto do lar, do estabelecimento aconchegante e seguro que é a cia de meus pais. as experiências? não as tenho conseguido fazer interessantes. apenas sinto e não sinto mais. volta a regra da continuidade, querer praticar ações continuadas, e deixar a vida seguir sem terminar o que já acabou. não sei porque fico saudosa do que foi malmente vivido, do que foi malmente expresso. minha espiritualidade nao se confunde mais com o corpo, e isso me torna um tanto quanto apática.
Meu sangue não está fervendo, mas o humor está alterado. há que se completar algo? há que se tentar de novo? há que se entender em unidade?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

4 me

todas as coisas da existência existindo e fazendo suas funções, seu papéis, entrando nas deixas que parecem combinadas. a natureza me dá tantas boas oportunidades. as escolhas de agora encaminham-me com clareza. me ponho em poucas coisas, me escrevo com poucas letras, meus desenhos mudam-se com o tempo e continuo numa entrega humana que me confunde, estranheza de dar. queria ver com os olhos do outro, ouvir com os ouvidos de quem me ouve, mas ó, não pretendo sair de mim, gosto muito de estar em mim. sou a(o) maior das(os) amantes que eu jamais pensaria em ter.

Não sinto em mim a pressão da minha profundidade, mergulho leve esse que se faz dentro de mim... as doçuras de existir dentro de mim, como só eu mesma sei e posso existir assim tão doce e calmo.

saio de mim para interagir com o humano porque isso é parte da existencia, mas os outros e suas intenções... me comovem ao retorno para o conforto de ser quem sou e de dormir com o corpo flutuando em meditação.

fantástica

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aventura questionadora

Hora da antítese, um modelo de transição, uma afronta ao fixo, ao imóvel e ao preenchimento.

as luzes que saem dessa mente, sei bem são reflexos de luzes montadas. não tem cheiro, nem gosto, nem resposta.

Sonoro.


quem conversa comigo é novamente a música.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

é como não saber...

Hipostasio-me achando que há sempre uma razão grandona que a gente desconhece para sentir as coisas que sentimos e provocam nossas ações que devagarzinho vão destruindo aquilo que está posto. tese, antítese e síntese este é o método de toda mudança que fecha e abre ciclos na minha existência. sou uma garota moderninha com justificativas pós-modernas e louca pelos elementos do novo modelo hitech.

Se eu tivesse a certeza de congelar o tempo, o amor e os sentimentos não estaria do lado que estou. Não seria o que amanhã não sei bem se serei. Se estar parada, muda, atônita, sem fogo ou calor qualquer. Se não soubesse a dor de amar e acabar, de continuar amando depois que chega o fim. seu eu soubesse o que é o fim, ou quem mora em mim, além de mim. se eu soubesse mentir e sorrir.

"Se vc não vai comigo então vamos ficar e olhar o sol, o pôr-do-sol..." (trecho de música da viviany)
Não mais irei. sim, nada será como antes, não serei mais um ser flutuante. agora sou eu que tenho que andar, sou quem tem que seguir, e assim, só, porque nem bem trocar eu sei. Só sei desconstruir, só sei amar e desamar. Só sei do mar e de suas ondas que vem e vão.

Sei de mim e um pouco de ti, ontem estive em teus sentimentos, hoje estou em outro momento. Não pense que não sinto, sinto o medo de nunca mais sentir a felicidade de te sentir.

Estou conseguindo chorar, se fosse num papel viria carimbar a verdade que foi te amar, a verdade que foi te encontrar e viver. desculpa se vivi tão intensamente, se pareceu tão florido e tão bonito e tão infinito, desculpa se eu vivi, se eu te amei e se hoje não sei. Só não encontro mais o teu lugar.

domingo, 16 de maio de 2010

Lispector, Clarice. Trechinhos.

"É difícil perder-se. É tão difícl que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
Clarice Lispector"

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca."

"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito."

"E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar."

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

resolvido

As construções mentais que vou formando, tenho medo delas, não sei se me engano, se estou a me punir ou se é só me permitir. complico tudo que é simples para não ter que objetivar e desistir da insegurança. começo a entender do planejamento, roteirizo minha noite e pronto. na noite de hoje, durmo logo após o trabalho.

Karine

quinta-feira, 6 de maio de 2010

U.H.B.M

Alguns tem experiência com a floresta, outras com o que lhes resta.

Bem que se quis

Pensei em escrever para um amigo terapeuta, tentar entender a sucessão de pensamentos que se desenrolam numa tristeza comparadas as que rolam numa mente depressiva. engraçado o domínio da análise não impedir a explosão dos pensamentos de nitroglicerina. O bem se cança com facilidade e o mal parece mesmo não fazer parte do ser humano. Enrigecer é tão difícil, bem como imunizar-se da indignação ou do sofrer a decepção... A decepção é sempre sucessiva. Acreditar e se doar é tão pouco prático quando não há tolerância.
São tantas as virtudes que preciso desenvolver que conhecer se torna explosivo, indigno e além do plano social. Só na subjetividade me consumo em sabores.

sábado, 10 de abril de 2010

Pumba é disneylândia, Bumba não!

Há tempos estou imune e insensível às matérias do jornal sobre tudo de ruim que acontece no mundo mas a tragédia no morro do Bumba me chocou particularmente. Antes de tudo, antes da tragédia, como concebermos que um bairro se constituiu no que fora um lixão? como conceber que ali as pessoas viviam e fizeram suas vidas, construiram suas histórias? inocente da minha parte nunca ter imaginado que sim, as pessoas moram em meio aos lixões espalhados pelo Brasil, esse desmoronamento, o trabalho dos bombeiros escavando terra e lixo em busca de corpos, a impossibilidade de notícias de sobreviventes pelo agravante LIXO, tudo isso torna essa tragédia mais que alarmante, mais que sem noção.
é difícil. muito difícil.

domingo, 28 de março de 2010

Conexão

Vi no livro Rosa cruz "A história mística de jesus" pela primeira vez a palavra Avatar. O livro citava diversos avatares que antecederam o maior de todos os avatares já vindos ao nosso planeta. depois de muito resistir, vi o filme. que ficção científica fantástica! o autor mais que respeitou o significado de avatar, imaginou um mundo só deles, imaginou o inverso da nossa história. O terrestre lá, destrutivo como só ele. Se existe um mundo como aquele, vida a este mundo. enquanto não chegamos lá, fica o convite para que eles venham cá, pois toda vez que um deles aparece na terra traz verdade, caminhos e vida!

Obrigada aos avatares!

Buda
Krishna
Gandhi
Chico Xavier
Maomé
tantos outros e o maiorn deles
JESUS, O CRISTO.

terça-feira, 16 de março de 2010

cachos frizados

meu cabelo é cacheado e molinho, além claro, de muito volumoso, mas eu também tenho cabelo para caramba, muito mesmo. onde não pega sol é legal, macio e os cachinhos são daqueles gostosos de esticar, mas engraçado, tem uma parte que não pega sol e é mais frizada do que a parte exposta ao sol. isso mesmo, atras das minhas orelhas se expressa minha origem afro com uma clareza fantástica, é o que dá o volume para os lados do meu cabelo. no início da minha relação com a cabeleira quis esticar essa parte atras das orelhas, depois quis hidratar e dedicava os óleos de mais diferentes frutas e plantas amazônicas para sintonizar essas duas mechas com o resto dos cabelos. afinal, elas são mais rebeldes do que devem, crescem antes dos outros formando a primeira deformação no corte. fazem o cabelo ficar armado e se embaraçam entre poucos fios o que gera nós finos facilmente quebráveis. de uns tempos para cá desisti de trata-las como diferente, desisti de querer ter um cabelo exclusivamente de um formato. acho também que desisti de aparar as pontas. teve uma época que eu mesma aparava as pontas do meu cabelo, cortava só os frizados atraz da orelha, depois voltei a procurar cabeleireiros para o corte, mas esses sempre acham que nosso cabelo está uma merda e cortam mais do que gostaríamos. passada essa revolta com cabeleireiros conheci a Janete que me mostrou que um bom corte faz diferença sim na forma que o cabelo se espalha pelos ombros, costas e até em cima do rosto. o meu eu deixo ser multiplo, diverso, expressar meu humor, minha energia, minha genética e ainda me proteger do sol.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Domador de cachos



Na infância fui uma menina enfezada, meu deuss, como eu chorava quando penteava meu cabelo. Cabelos longos e cacheados, mamãe brigando por eu estar assanhada, e o pente meu pior inimigo apertando os nós do meu cabelo, que caía e a fazia doer meu coro cabeludo com os puxões do pente. O pior é que o pente estava na minha mão, e ela se irritava com os cabelos embaraçados.
Chorava irritada com minha cabeleira, descontava a raiva com o pente na cabeleira como se não fosse minha, a dor em mim fazia sentir-me agredida pelo pente na mão que precisava ser firme, se não a cabeleira não se comportava. Um belo dia surgiram nas prateleiras do supermercado cremes para pentear, eram como um serviço de segurança pública para amenizar o conflito entre minha mão e meus cachos. como se minha cabeça, um leão feroz descontrolado, que ao mesmo tempo chorava de dor e enviava mensagens para que minha mão agisse mais firmemente tivesse em fim encontrado um domador. O domador de cachos, mudou minha relação com minha vasta juba. A partir daí o carinho por minhas madeixas cresceu no meu consciente, minha mão passou a acariciá-las e o pente foi substituído por um instrumento de dentes largos. Meus cabelos são meus amigos, por isso não frito eles em chapas quentes.

quarta-feira, 10 de março de 2010

físico-psico-social

Atravessei o caminho da guerra psicológica
para garantir a lógica nas minhas atitudes e
o auto reconhecimento de minhas virtudes.
bati com os pés no chão gritando por amor,
amor fraterno era o que eu pedia chorando,
carinho e compreensão o que explodia no meu vulcão de emoção.
Fiz menções de morte,
chutei a sorte,
fiquei sem norte.
Em meio ao caos eu rezei.
rezei baixinho,
contei que não queria a realidade como tal.
pedi ajuda contra o mal,
depois fiquei muda.
Um ano depois minha rotina era outra.
tenho tudo o que uma pessoa precisa para ser feliz,
não tenho sonhos megalomaníacos,
mas sei por onde farei minha parte.
Arte.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

País

Poesia

Martelo Bigorna
Lenine
Composição: Lenine

Muito do que eu faço
Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso
Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.
Você não sabe da missa um terço

Tanto choro e pranto
A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo
Dentro do meu peito uma vontade bigorna
Um desejo martelo

Tanto desencanto
A vida não te perdoa
Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo
Uma vontade bigorna

Vou certo
De estar no caminho
Desperto.

Estado Normal

Incrível como meus textos me ajudam a pensar, reli essa página e percebi que utilizo o blog, a própria escrita como forma de pensamento. sempre fiz as coisas simultaneamente, pensar e falar, pensar e escrever. há muito meus pais tentam me ensinar a importância de pensar primeiro e falar depois, consegui muitas vezes não fazer os dois simultaneamente e calar.
mas meu foco nunca foi controlar o que digo e sim controlar o que penso o que sinto, pois assim não externarei nada que eu não possa compreender depois.
Nos blogs vizinhos a conversa está como sempre, quente, o Duciomar é a pauta. Quando penso nele não sei nem o que dizer, mas acho que travo porque tudo nesta cidade, nesse Estado é normal.
Normalmente as leis são descumpridas
normalmente os trabalhadores são explorados
normalmente a população é alienada
Normalmnete essa alienação começa na sala de aula
Normalmente palavras são só palavras sem signo
Normalmente o património público é degradado
normalmente quem fala a verdade é retalhado
Normalmente os hipócritas são vitimas
normalmente os canais de comunicação estão nas bocas de profissionais despreocupados
Normalmente tudo é levado para o lado pessoal
normalmente usam o nome de deus em vão
Normalmente as leis trabalhista não servem de nada

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

democracia

Apesar de tudo que tem acontecido a paz se expande em mim. Meus conflitos internos são tão ínfimos, apenas a questão metafísica fala em mim: para onde vamos, o que viemos fazer aqui? Viemos? Simplesmente aparecemos.
Continuo com uma questão trabalhista complicada, é uma pena que não se cumpra na fundação as leis, é uma pena que em todo o Estado as leis sejam descumpridas a partir dos governantes, pior, talvez minha pena se estenda a um país inteiro ou até mesmo a um mundo inteiro e é diante das desigualdades e injustiças que temos a necessidade de acreditar em uma justiça superior.
Penso que já está em tempo de encontrar a justiça do mundo, talvez seja trabalhoso mas tenha resultado, ou talvez seja trabalhoso e não tenha resultados, ou pior, como todos dizem que é: perigoso e com resultados negativos.
Os grandes massacres paraenses afirmam essa ultima alternativa, todos que lutaram por seus direitos culminaram em um genocídio e até hoje os que abafaram as revoluções são condecorados.
Talvez por esses históricos sobre as revoluções seja comum que as pessoas optem por calar, por esperar, por digerir e acabar sempre por ajudar o sistema que apenas lhe prejudica.
A verdade é que a vida não é fácil para ninguém e que para a manutenção do pouco que se tem o cidadão submete-se sempre amedrontado por uma ameaça de que se os poderosos quiserem tudo piora para a periferia alheia ao funcionamentos da máquina pública que há muito deixou de ser um serviço para a garantia dos direitos do povo. Primeiro fizeram do imaginário popular uma relação de dependência do bom pai, o Estado, e isso tornou o brasileiro um ser que espera. E hoje? Esperamos a ajuda do governo? Não, hoje apenas nos fazemos invisíveis para que não nos seja tirado o que foi “dado”. Direitos. Onde estão os que conhecem as leis? Que pode o cidadão comum, o trabalhador comum?
Aquelas propagandas sobre o monstro da censura são excelentes apesar de muito discretas. É exatamente isso, se não abrirmos os olhos e sairmos do nosso mundinho alienado e passivo corremos o risco de deixar viver algo que já fez nossos pais sofrerem, algo que tolheu muitas de nossas atividades intelectuais.
As formas ditatoriais de governos já podem ser vistas e reconhecidas nas repartições, as estratégias de markenting político estão por todas as partes das cidades e nossa república publica exaltação de si. Nada contra a vida como ela é.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meu diário

não escrevo no blog diariamente, bem como não escrevo nos meus papéis diariamente, mas o faço desde que aprendi a escrever, o papel tem ouvidos, conversa conosco. Na verdade quem conversa é a linguagem. Adoro as letras, com elas formo expressões da realidade e impressões das intencionalidades. Com a palavra escrita eternizo momentos, com a palavra falada modifico situações. A comunicação é mesmo fantástica!! veja bem, a comunicação interpessoal é fantástica! esta não dispõe de manipulação, nela estão contidos apenas codificador e decodificador com seus repertórios e seus conhecimentos sobre si e sobre o mundo. Numa conversa as palavras geralmente são o que parecem ser. Quando entram os canais de comunicação as coisas já são tão diferentes! Meu namorado e eu, por exemplo, utilizamos telefone ou msn quando não estamos frente a frente. Cada meio é um inteiro, bem como são os meios de comunicação de massa, cada um um conto. Não há nada mais íntimo do que conhecer alguém através de seu diário.
Meu blog, teria em si a pessoalidade de um diário? Publico e mais interessante fico. Adoro me ler na internet e adoro escrever neste blog.

FM ócio, essa é a nossa cultura!

lembro-me das tardes que passei lendo, me embalando na rede e ouvindo a rádio cultura FM. Nessa época dizia para mim mesma que um dia trabalharia nesta rádio, tinha essa vontade porque a radio não era cheia de propagandas chatas, porque o informativo de hora em hora era de fato informativo, porque a rádio tinha um compromisso com a coscientização de pessoas e principalmente: tinha qualidade musical.
há três anos trabalho na rádio cultura, e infelismente sou tolida de trabalhar, a fundação tem novo regime jurídico e enfrenta muitos problemas em relação a irregularidades trabalhistas, parece que o ministério público pega no pé pelas irregularidades e parece que a empresa se preocupa muito em não poder contratar funcionários temporários. brincamos que nós, os concursados de 2006 somos tratados como uma herança maldita, não há ações que nos beneficiem, pelo contrário, é preferível contratar um funcionário temporário a acrescentar 40 por cento em nosssos salários ínfimos. é por isso, que depois da cultura ter me ensinamo muito de produção, de locução, não posso exercer nem uma nem outra função, devo resumir-me a assistencia de produção, cargo para o qual fui contratada. FM ócio, essa é a nossa cultura. Nada para fazer, nada querem de mim, querem sim alguns que eu trabalhe, mas ninguém quer falar por nossas questões trabalhistas. desculpem, cansei de trabalhar de graça. quero sim, fazer o que sei, locução, produção, mas quero também receber por isso. o justo. fala-se tanto no ministério público que está no pé. se estivesse as coisas deveriam ser regularizadas, não? ah que pena, talvez eu precise de um certificado de que muito produzi na rádio cultura, mas assim a funtelpa assinaria um erro, e não quer fazer isso.
não tenho certeza que haja justiça nesse Estado, não pelo que vejo nas ruas da cidade, pelas cidades do interior em que convivi.
Da Funtelpa, aguardo retalhações, mais uma vez. vamos ver qual vai ser a censura no que diz respeito a liberdade de expressão em reuniões com a presidenta...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Feriado no Brasil!

Que feriado longo este de carnaval! já me cansei de ver filmes, de inventar comidas diferentes, de trocar os móveis de lugar. Ando tão sem criatividade para internet, nem leio mais blogs, inclusive a leitura é um hábito que nunca mais me divertiu. Acho que cansei dos meus livros! preciso de novos, inclusive comprei um Jorge Amado um dia desses, nunca li nada dele, vou retomar!
beijos queridos navegantes!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sites, como administrá-los?

putz grilla, tenho um monte desses negócios de site:

de quando era doida:

duvidas e descobertas - blog

de quando queria ajudar as pessoas:

mutando máscaras - blog

a moda de 2009, 149 carcteres para se expressar:

twitter

putz, pro trabalho é essencial:

myspace

pra experimentar:

facebook

Para responder suas dúvidas, como uma banca de informações:

formspring

e claro, orkut, o pioneiro em relacionamentos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

enquanto isso no msn

O interlocutor ficou confuso, achou que viajei demais. acho que quis sacanear com ele, porque tenho inveja das pessoas que bebem, e ele me disse que estava bêbado!
estou fazendo uma enquete hoje
[interlocutor]:
é
de qie
Karine diz:
quando vc precisa ser mal com alguém, vc é mal, bonzinho ou cruel?
[interlocutor]:
mal
as veses e melhor ser mal doque bonzinho
Karine diz:
pois é, por isso que sou boazinha!!
ou boa ou cruel.
e minha nova descoberta sobre mim mesma
é que vivo de auto-análise
o tempo de gastar com qualquer coisa gasto pensando em mim mesma, assumidamente
me entende?
[interlocutor]:
muita viagem
vc fuma maconha?
Karine diz:
parei
tava ficando doida
bom, deixa eu exemplificar então
...
enfim, mas ela foi má
esse é o mal de ser mal
as pessoas boazinha podem ser cruéis
a vitma das pessoas más sempre é uma pessoa boa
mas uma hora a pessoa acaba encontrando um bonzinho cruel

O seu interlocutor está OFFLINE! rsrsrs
Essa vai pro blog, pensei!!

Crueldade, eu tenho. Retira de mim Jesus!

podia mesmo ter posto veneno de rato no remédio da cachorrinha da cachorra. Graças a Deus sou cristã e se o fizesse jamais me perdoaria, pela vida da cachorrinha me arrependeria, mas pelo sofrimento da cachorra, não!

aos 15, 2002

No colégio, quando fiz segundo ano do ensino médio, sentei na primeira cadeira da segunda fila da esquerda de quem entrava na sala. De um lado a Clarissa, do outro a Larissa. Clarissa moça bonita, magra, bem branca de cabelos lisos e pretos no meio das costas, doce e graciosa, espírita e membro do grupo de teatro da escola. Larissa, meio estranha, morena com os cabelos tingidos de loiro, olhos grandes e inexpressivos, boas notas, mas muito esforço concentrado só nisso, freqüentava festas no african bar e gostava de ser sócia do clube mais caro da cidade, de onde retirava todos os seus ídolos.
Perco a concentração quando a realidade me chama. Que saco, meu namorado quer que eu faça concursos. Acho que ele não pensa essas coisas sozinho. Acho na verdade que todo mundo em brasília só pensa em concursoo público, claro, os brasilienses mamam nas tetas da agropecuária e recussos naturais do norte, na industria do sudeste e não mão de obra barata do nordeste para um dia quem sabe se sentirem como os sulistas que se sentem europeus, europeus devem morrer de dar risada do brasil imitando no real as notas de euro. País!!
Pois sim, no segundo ano eu estudava bastante, e (adoro) me destacava no domínio da palavra. Sempre gostei de debates e os da nossa sala eram quentíssimos. Na sala duas pessoas apenas falavam. Um garoto lá de trás que vestia preto e só andava com umas pessoas que vestiam preto, e credo! Fumava. Mas até que tinha umas opiniões interessantes. Não fosse o fato de eu adorar ganhar uma disputa oral, teria concordado com ele em muitos pontos. Resolvi discordar na retórica e dar uns beijinhos. Meu primeiro namorado em Belém. Mas aquilo de vestir preto e andar de galera realmente me causava vergonha. Comprei uma camisa alaranjada e dei a ele. Ele gostou. Muito bem, tinha salvação. Rsrsr. Sempre fui dominadora, mas como diz a canção da famosa cantora minha amiga Viviany Tvarita, eu tinha também uma mania de bolha, bolha sugadora, enjoava das pessoas, o Marupiara chama de transtorno de adaptação e é neste que coloco a culpa de todos os foras de namorados que levei.
Resolvi entrar para o grupo de teatro, a Clarissa me convidou, e numa bela tarde de quarta feira descobri o rockn’roll. Foi fantástico!! O Paulo me perguntou: -Você gosta de rock? Não sabia responder e respondi que não sabia. Então ele disse: - ouve isso. E tocou uma batida do metálica, que inclusive aprendi a tocar no violão anos depois. O som entrou vibrante no meu ouvido, e meus olhos brilharam. Estava apaixonada, pelo rock! O que essa paixão me renderia, eu nunca iria imaginar.
Findo o segundo ano, boas notas, garota educada, mas já havia aprendido a fumar, e já tinha uma melhor relação com minha irmã, o que me renderia uma vida social, mesmo que ligada aos amigos de Altamira em Belém.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Vida

meu amor partiu. até o final de abril o que tenho é um pinguin de pelúcia e uma aliança de noivado. nosso compromisso de amor, de um futuro juntos.
O Sam é fora do que há de real, eu ele é mais que um simples namorado ou noivo, ele me olha com olhos de fogo, de luz, de alma. nós podemos ser criança juntos, não impecílios para as brincadeiras que nos fazem rir. nosso humor é negro, nossas gracinhas podem ser embaladas no funk. ele me ensina geometria espacial aos gritos, e eu aprendo chorando. resultado correto e começamos a rir, eu dele empenhado em meu aprendizado ele de mim, chorando por causa da matemática. gostamos de teatro, de filmes, gostamos das nossas famílias e gostamos muito de igarapé.
somos perfeitos um para o outro, nosso números... que saudades do meu amor que partiu. logo estaremos juntos de novo.
eu te amo Sam.

hoje

No passado eu quis o amor com todas as forças, no passado busquei o equilíbrio, no passado falei com certezas, no passado olhei paisagens, fui e voltei, trabalhei e descansei, pensei e agi (não necessariamente nessa mesma ordem). No passado fui tão intensa e tão imensa. agressiva e doce no mesmo dia.
no passado me preocupava demais com o presente. no passado mais próximo me preocupava demais com o passado...
hoje tenho uma ruga na testa, entre os olhos. ele precisa parar de sentir dor, precisa do tratamento correto, precisa do plano.
Planificar as coisas é difícil, elas vivem soltas. transformar a vida, e o risco dela em papel para ser assinado é complicado.

vamos lá. é caso de doença, mas vai ficar tudo bem com ele. meu pai, ele é tudo que temos e nós somos tudo que ele tem. eu o amo tanto, nem consigo pensar em mim nos ultimos dias, faço sexo sem orgasmos, não consigo me desligar do mundo. preciso de um alento maior, preciso de uma força a mais. ó deus.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Como não?

nos meus livros, contos diferentes dos seus estavam grafados, chamado de ciencias, ciencia de que? ciencias das classes, ciências do darwinismo social, onde só aprendemos o que merecemos aprender? porque são tão diferentes os sistemas internacionais na minha e na sua compreensão? "as pessoas são diferentes, pensam diferentes", papo furado! as pessoas são ensinadas a pensar conforme manda o figurino que vestem. e eu que andei pelo mundo vestida com as roupas que ganhei de herança de minha irmã mais velha, por ela ter crescido. eu que andei com os pés no chão, para correr mais rápido contra o tempo que passava ligeiro levando minha infancia para longe de mim e trazendo o futuro que eu sabia era composto por muitas tormentas... onde vc esteve enquanto eu passava tardes intermináveis sozinha em casa construindo jogos mentais para jogar sozinha? onde você esteve enquanto eu me indignava com as injustiças dolorosas da vida?
onde vc estava quando eu planejava minha volta ao mundo de mochila nas costas? meu amor, eu não reconheço em ti. não reconheço ninguém que conheço em ti. teu biscoitos de chocolate e sorvete com bolo não me dizem se é doce como manga ou azedo como um cupuaçú. eu não me reconheço na cidade em que foste criado. meu amor? vc está vendo filme e eu escrevendo no blog. meu amor, estou sofrendo. hoje. e não reconheço meu sofrimento no seu abraço. por que meu amor?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

mentir dá muito trabalho. eu hein!

Sempre falo da vida, hoje convencionei falar da morte, não dela em si, mas do momento que a antecede. quero saber se verei minhas atitudes passarem diante de mim, como um resumo da vida, se revisitarei pontos da minha trajetória para entender o porquê de minhas atitudes. sentirei a sensação da mentira que contei hoje? do desagradável momento em que a verdade não parece a melhor escolha, sempre com a mesma mentira, das mentiras da humanidade?... não foi só o que fiz, hoje mesmo, a fantasia contada, me incomoda, mas justifico-a como verdade por não saber o que é de fato a verdade na situação perguntada. sofro essa ausência e não gostaria que minha amiga sofresse essa ausência também. sofro a dúvida sobre o destino no bichinho que eu também amo, e não queria que ela sofresse.

Tudo começou assim: ganhei um cachorrinho, chamei-o de Platão e o criei coimo se fosse meu filho. Infelizmente nos mudamos e o lar novo não tinha espaço para ele. Justifiquei dizendo que o criaria como um bebe humano, que não era necessário espaço para cachorro, mas todos os dias meu bebê humano-canino comia uma sandália de meu pai. Depois de muitas havaianas trocadas, sempre o mesmo lado comidos, meu pai me pediu que escolhesse entre ele e minha mãe e meu bebê canino.
A Isabela, bebe humana neta da senhora que vende tapioca lá do lado de casa gostava muito do Platão e a dona menina, vó dela resolveu pedi-lo. Mamãe já queria dá-lo e deu. A família da Isabela não se adaptou ao modo de vida do meu bebe canino e a senhora dona menina deu o cachorro.
Há muito tempo pergunto sobre o destino que meu filho levou e a mulher me enrola. Hoje a avó do Platão, que é uma humana, me perguntou sobre ele, disse que ele completara um ano e que queria fazer fotos de todos os filhos de sua filha canina. Menti. Mas não pude sustentar a mentira. A mentira tem a característica de ser eterna até que a verdade se mostre, uma mentira leva a segunda, a terceira, a quarta, se você mente uma vez e decide continuar com ela, vai ter de mentir sempre. A sensação da mentira é tão dolorosa e fria, que quando pensei que mentiria somente naquele momento, refleti sobre meu momento final, será que sentiria aquilo novamente ao revisitar minhas atitudes diante da morte? Que bom que não precisei sentir a escrota sensação só no momento da morte, no momento em que a mentira se prolongaria, decidi optar pela verdade por mais dolorosa que ela fosse, poir mais que minha amiga tenha que passar pelas mesmas frustrações pelas quais já passei. Quero ter boas lembranças do meu bebe canino, e gosto sim de pensar que nesse momento ele corre atras de cavalos e brinca com outros cachorros num gramado verdinho, e que a noite se extasia com o barulho dos grilos e brlho das estrelas. Quero esquecer as outras possibilidades. Mas o ser humano tem o direito de, quando não sabe qual é a verdade, imaginá-la por si só. Minha amiga, se não descobrirmos a verdade, pode, assim como eu fiz, imaginar um destinos para o nosso bebe canino. Estou feliz por ter me libertado da mentira, e por ela ter reavivado em mim o interesse em descobrir a verdade que desconheço. A verdade sobre meu filho, Platão, o meu bebê canino.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Brasília e seu Povo que pisa em ovo

O Distrito Federal me mostrou algumas coisas, como "planejamento é necessário".
Do ponto de vista humano, por mais que as estatísticas digam o contrário, considero o povo, pelo menos os representantes do povo com que me topei na rua, pouco desenvolvidos, parecem completamente alienados e envolvidos pelo sistema, sem ao menos ter noção de si próprios e principalmente do homem, enquanto ser vivo. Não tenho como considerar desenvolvidos seres humanos que são cheios de preconceitos, que concentram na capital de um país o preconceito por toda a diversidade de culturas e histórias de cada localidade desse país. Foi triste perceber que o descaso com regiões ao longo do tempo desconhecidas pelo governo da federação, influencia na forma das pessoas agirem com o povo dessas regiões. Triste ver na TV propaganda do governo Arruda que estimulam a hostilidade com os visitante da cidade.

Mas o povo não é a cidade, pelo menos em Brasília, o povo não faz a cidade, afinal, vc não precisa conviver com as pessoas, pode ficar em casa. A família do meu namorado foi encantadora, dividiram comigo floexetinas, paroxetinas e viagens, como pára pirinópolis, goinia. Ô povo legal, o de Goiania. Os de Pirinópolis então...

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails