terça-feira, 17 de março de 2009

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O mundo do trabalho é bem interessante, desde que ingressei através de concurso público na fundação de telecomunicações do pará, vários momentos emocionais e profissionais se colocaram no meu caminho.
Primeiro momento, televisão, Cem Censura, produzir pautas. simples para minha inteligência, entediante para meu transtorno de adaptação, que não quer dizer que não me adapto, só que me adapto e enjôo. Em meio a um turbilhão de emoções, aos 21 anos, cursando jornalismo de manhã, trabalhando a tarde e cursando teatro a noite, não me foi provável. a hipocrisia escrachada do mundo do trabalho, o fato de eu ser jovem, bonita e eloquente, deixararam não só a mim, como a todos que me cercavam loucos, e quando o diretor sai e a apresentadora dirige, é solicitada para a direção de televisão minha transferência.
Se dizem que sou louca, quem sou eu para discordar, licença médica para tratamento psiquiátrico.
oito meses depois estava a Karine que Altamira sempre conheceu, inteligente, antenada, de raciocínio rápido e de educação e doçura incontestáveis. Claro, com um jeito maluquinho de ser, por ser única, diferente e por pensar sem parar.
Fico na repartição pública que trabalho, muitas horas sem produzir, pois produzo, não fico enrolando como é de prache aos funcionários públicos. Eu não finjo que trabalho, eu faço meu trabalho e quando ele acaba não encontro, por mais que procure, possibilidades de contribuir, porque nesses dois anos, cada um tem um programa e ninguém quer que uma menina curiosa venha entender sobre o que é feito e como é feito.
Reformulação da programação da Rádio Cultura, antes de ser ameaçada pelo novo gerente de programação em relação ao estágio probatório, avaliação esta a ser realizada em única etapa, por motivos não esclarecidos aos funcionários concursados de 2006, sempre tidos e tratados como a herança maldita do governo passado, tenho trabalhado como produtora da rádio cultura, sempre dando o melhor de mim nas pesquisas, na elaboração do texto, na "direção" do fonograma, nas gravações do canta pará, na construção de quadros como música e letras, banda sonora, retoque, multicultura, dicionário da arte brasileira. tenho refeito pautas, construindo roteiros em cinco minutos para tapar os buracos que eventualmente a produção (uma estagiária, enquanto uma de nossas colegas estava de férias) deixa. Roteiros avaliados pela apresentadora como excelentes. Afora meus problemas de saúde, os quais nunca neguei que tenho, botando na balança para ver o quanto pesa, acredito que meu trabalho tem sido de grande validade para o propósito real de um rádio pública. Atenção ao artista paraense, valorizando-o e divulgando-o, compromisso com o cidadão oferecendo a ele informações culturais de qualidade. Para assistente de produção que é o cargo pelo qual recebo, sou uma excelente produtora.
Mas enquanto ouço ameassas em relação ao meu estágio, é questionada a minha inconstância, característica do meu CID, que para uma pessoa nas condições de trabalho e salário é completamente irrelevante.
pois é.

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