quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cria Ativa da Floresta

Há dias em que é preciso escrever, em que as coisas da vida são tão incertas, imprecisas e mutáveis que é preciso se ver diante da tela branca do Word e das cores todas do world para entender o quê, de forma misturada, flutua em energia mental dentro de mim. Essa energia de consciência emocional que fica ativando nossos circuitos cerebrais e age em todas as partes de nosso corpo, que nos põe na frente do espelho e nos faz entender o quão fantástico é ser humana. Eu, eu mesma e Irene somos muitas em mim, não somos confusas e nem misturadas, nem somos uma ou mais personalidades. Eu, Karine, acredito bem pouco na sabedoria que se acumula em explicações que podem ser dadas quando encontramos a lembrança do que foi, do que é ou do que será. Eu, Pedrosa, sigo entre as pedras do caminho e me sinto tão viva quanto viva é a matéria bruta e a orgânica que cresce em torno de si mesma com maior ou menor lentidão, do mundo pra dentro ou de si para o mundo. Eu, Silva, sou cria ativa da floresta, sinto forte em minhas pernas esse correr rápido entre o mato, esse pressionar a terra com os pés descalços e me permitir estar longe do ideal civilizatório. Ah como é ágil o levantar! Leve andar me flutua no espaço.
O equilíbrio químico que, do mundo para dentro de mim usufruo do evoluir da civilização, me torna apenas capaz de,em torno de mim, saber que mão é mão, cheia assim... de dedos. O mundo me conta que nossa cabeça é cheia de cabelos e nossos sonhos ocorrem quando dormimos. Quanto mais vivo, mais entendo que a busca da sabedoria é o único caminho permanente em nossas sensações.
Hoje na cidade meu afastamento é sempre cena de filme. Olho o por perto, dimensiono o distante, vou e volto.
A flor de meu destino surpresa é plantada nos jardins por onde outrora caminhei. Meu futuro do pretérito, brincadeira de infinito que nem começa, é música de outras passarelas.
Desfilo por aqui a delicadeza das interferências no mundo do trabalho e o penetrar nos textos científicos dos estudos. Desfilo o cuidar de papai e mamãe, o amar a verdade do infinito sabor de sermos um grupo instituído no mundo por um acaso divino: juntos.

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